Campeão da Copa Libertadores de 2006 com grandes atuações na zaga, Bolívar vem chamando a atenção neste ano ao cometer faltas violentas, principalmente após ser expulso no jogo pela Recopa Sul-Americana, a derrota por 1 a 0 para a LDU no Beira-Rio. Mas o jogador não se abate. Ele garante que é normal levar cartões e despreza as críticas que ouve a seu futebol.

– Quem joga em um grande clube precisa trabalhar em cima de críticas. Isto não me atinge, vem de pessoas que nunca chutaram uma bola na vida. Não há como criticar um jogador que trabalha a semana inteira para jogar no final de semana – disparou.

Bolívar será julgado nesta quinta por ter dado um carrinho violento no empate em 1 a 1 com o Cruzeiro no Mineirão, pelo Brasileirão. O lateral foi absolvido, mas a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recorreu e ele corre o risco de ficar por entre 120 a 540 dias, ou de duas a seis partidas.

Não há, na avaliação de Bolívar, o que possa ser feito para evitar os cartões durante um jogo. Por isso, ele não mostra preocupação com o assunto.

– Só leva cartão quem está em campo, tem uma disposição maior para marcar, um jeito mais forte de chegar. Minha preocupação não é esta. Procuro sempre trabalhar para poder conquistar os objetivos pelo Inter. Assim ganho mais do que perco – declarou.

Só uma pessoa pode convencer Bolívar a rever sua maneira de jogar para evitar os cartões: o técnico Tite. O lateral, no entanto, garante não ter tido a atenção chamada pelo comandante por este motivo.

– É ele quem vou escutar. Se houver algo errado, ele é quem vai me chamar para conversar. Até então, o que vem de fora não me atinge – finalizou.