| 21/05/2009 20h18min
O técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, demonstra confiança no potencial do Brasil para a temporada. Zé Roberto, que chegou ao Brasil há três dias para iniciar a preparação brasileira para o Montreux Volley Masters, na Suíça, coloca a seleção em outro nível em relação aos rivais.
— O Brasil é hoje o time a ser batido, e a concentração das jogadoras é de 110%. Gostei da postura, do comprometimento que as atletas estão demonstrando. Era tudo o que eu queria ver aqui (em Saquarema, onde a seleção se prepara) — afirma Zé Roberto, que aposta na base brasileira como diferencial:
— O diferente e mais legal no Brasil é a manutenção da base. Iniciamos a renovação há algum tempo, e algumas jogadoras novas que fizeram um bom trabalho nos clubes entraram este ano. É um recomeço.
Esta é a sétima temporada de Zé Roberto à frente da seleção, que conquistou 19 das 24 competições que disputou, dentre elas a Olimpíada de
Pequim em 2008. O técnico faz um
retrospecto da sua passagem e relembra os momentos difíceis.
— Aprendemos com as derrotas. Se não tivesse tido a fase difícil após as Olimpíadas de 2004 não teria 2008. Em 2007 também passamos por um momento complicado quando perdemos o Pan-Americano, no Rio. Mas, ao mesmo tempo, aquele resultado deu força à equipe para vencer o Grand Prix, no ano passado. Mas é melhor aprender com a vitória — disse o técnico.
Zé Roberto vai se dedicar exclusivamente à seleção. O técnico deixou o comando do time Pesaro, com quem conquistou o Campeonato Italiano. Além da família, ele quer redobrar esforços na preparação para o Mundial de 2010. Até lá serão cerca de 150 jogos em sete competições.
O primeiro desafio do Brasil é a Montreux Volley Masters. Depois é vez da Copa Pan-Americana. Daí tem o torneio continental classificatório para o Mundial, o Grand Prix, II Final Four, Campeonato Sul-Americano, que dá vaga, em caso do título, para a Copa dos
Campeões.
— Dentro do
nosso planejamento devemos fazer 150 jogos até o Campeonato Mundial de 2010. Optei pela exclusividade mais em prol da seleção. Após o Campeonato Mundial eu já não sei — encerrou Zé Roberto.