| 10/05/2009 21h08min
Aos 19 minutos do segundo tempo, o Avaí vencia o Atlético-MG por 2 a 0 no Estádio da Ressacada na estreia na Série A do Campeonato Brasileiro, no sábado. O meia Ricardinho, do Avaí, cobrou um escanteio na cabeça do atacante Lima, que finalizou tirando tinta da trave do adversário. Para o técnico Silas, esse lance poderia ter definido a partida a favor do Leão da Ilha.
— Se o Lima faz aquele gol de cabeça, a gente poderia jogar até de madrugada que eles não iam ganhar esse jogo da gente nunca mais. Mas não foi assim — disse o treinador à CBN/Diário. O jogo terminou empatado em 2 a 2.
— Na Série A, a gente não vai poder desperdiçar, porque depois a gente paga — resumiu.
Silas aproveitou para minimizar a influência de uma possível falta de experiência ou de preparo físico da equipe. Ele acredita que o empate aconteceu devido a "coisas do jogo".
— Infelizmente o Atlético-MG fez os gols. Nós tivemos para matar o jogo, não conseguimos
e acabamos pagando. Não me arrependo de ter
colocado o time para frente, para ganhar. O torcedor quer ver o time lutando pela vitória.
O treinador admitiu, porém, que pensou em tornar a equipe mais defensiva quando estava em vantagem, com uma formação com três zagueiros ou três volantes. Mas acabou optando pela entrada de Ricardinho no meio devido à experiência do jogador, que já passou por Palmeiras, Cruzeiro e São Paulo, entre outros clubes grandes.
Dificuldades na Série A
Silas acredita que o time pode encontrar dificuldades ao enfrentar times de maior expressão e com jogadores de renome, como o Corinthians, de Ronaldo, e o Flamengo, de Adriano, mas ressaltou que, dentro de campo, a vontade de cada jogador fará a diferença.
— São pessoas como nós. Eles têm salário maior, mas não têm mais coração que a gente, não. Lá dentro de campo, somos nós contra eles. Nós vamos ter que ser mentalmente muito fortes. A gente está trabalhando também e tem
totais condições de fazer uma excelente Série A. O primeiro
passo é permanecer, o que vier depois é lucro — afirma Silas.
Para que essa boa campanha ocorra, o treinador espera reforços. Segundo ele, uma das principais necessidades do Avaí é um defensor que saiba jogar com a bola nos pés, com o goleiro e que possa atrair o time adversário, criando mais espaços. Características que não estariam presentes nos atuais zagueiros do Leão.
— Não há muitos mais jogadores à disposição no mercado. O Avaí precisa cavar fundo. De repente, repatriar algum jogador de peso para fortalecer ainda mais nosso trabalho. Estamos trabalhando e devemos anunciar nos próximos dias aqueles atletas que vão realmente dar o que a gente precisa — revelou.
Além dos novos nomes, Silas espera o retorno dos jogadores lesionados, como Caio, Marquinhos e agora Odair, que saiu machucado da partida contra o Atlético-MG. A meta do treinador é trabalhar com 30 a 32 jogadores no elenco profissional.