| 28/04/2009 06h46min
De casa ou nas raras saídas para a rua, os gaúchos que vivem no México testemunham um país que vai, aos poucos, sendo paralisado pela gripe suína.
— O país está literalmente parado. Todas as creches, escolas e universidades, particulares e públicas, estão fechadas por decreto — conta o gaúcho Jonatas Aiolfi, 27 anos, morador de Naucalpán de Juárez, a 12 quilômetros da Cidade do México.
A porto-alegrense Carina De Marchi, 27 anos, que se mudou há uma semana para a Cidade do México, confirma:
— Os lugares estão muito vazios. A gente nota que não há um pânico, mas um clima grande de precaução.
Confira gráfico com as regiões atingidas
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Máscaras também são distribuídas — e usadas — por toda parte, como relata o santa-cruzense Sérgio Vogt Rocha, 37 anos, que há quatro anos e meio vive no Distrito Federal mexicano. No momento, ele está trabalhando em casa, por recomendação da empresa em que atua:
— Tem uns amigos que foram ontem (domingo) em um restaurante e às 18h chegaram polícia, vigilância sanitária, helicóptero. Mandaram todo mundo sair e fecharam os restaurantes.
Rocha está preocupado com a possibilidade de o governo ordenar o fechamento de todos os estabelecimentos:
— Hoje (ontem) eu vou sair para comprar mantimentos, como latas de atum, para ter em casa se a coisa piorar.
Todos garantem que as orientações sobre os cuidados
que devem ser tomados estão sendo amplamente divulgadas pela mídia. Empresas
também estão mandando e-mails para seus funcionários
— Lugares públicos, com grande aglomeração de pessoas e fechados devem ser evitados — observa Carina De Marchi.
Aiolfi monitora a situação de perto e diz que, se a epidemia ficar sem controle, pensa em deixar o país.
Direto do México, o repórter Marcelo Gonzatto relata como o país está lidando com o surto de gripe suína e as atitudes das autoridade para combater a doença