A Federação Gaúcha de Surfe, juntamente com Associação dos Surfistas de Capão da Canoa e o deputado estadual Sandro Boka, realizaram vistoria, na última segunda, no local do acidente que resultou na morte do surfista Lucas Boeira Dias, 22 anos, no último sábado, em Capão Novo. Após a fiscalização, foi protocolado um ofício solicitando audiência pública para debater mudanças nas áreas de surfe do município.

Também foi entregue à prefeitura um estudo realizado pelo Centro de Estudos Geológicos Costeiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECO-UFRGS) a respeito das correntes marítimas. Este estudo apresenta dados técnicos a respeito da velocidade que um corpo atinge em condições de corrente lateral na orla. Baseados nestes estudos é necessário ter no mínimo 4 quilômetros de áreas livre para a prática do surfe.

Já na terça-feira a Federação Gaúcha de Surfe, através de seu presidente Orlando Carvalho, entregou um ofício para a Casa Civil, solicitando uma nova varredura no litoral gaúcho para a retirada de todos os artefatos de pesca, que não estejam de acordo com a Lei 12.050 de 2003. Esta varredura deverá ser realizada pela Brigada Militar.

Foi solicitado a duas Agências de Marketing que criem uma campanha publicitária completa para auxiliar na divulgação das áreas seguras. Segundo critérios técnicos somente as áreas com 4 quilômetros ou mais serão declaradas seguras. No dia 25 de abril, será lançado o logo oficial da campanha durante a quarta etapa do Circuito Gaúcho Profissional, que será realizado em Torres.

Durante três anos e meio o litoral do RS não teve casos de afogamento por artefatos de pesca. A Federação Gaúcha de Surfe durante todo este tempo este à frente do programa Surf Legal, desenvolvido em conjunto com o Governo do Estado, Brigada Militar, Associações de Surfistas e municípios.