| 09/02/2009 21h02min
Acostumado a ser o grande destaque nos jogos do Inter, o meia Alex foi substituído no intervalo da vitória por 2 a 1 no Gre-Nal 374, sendo coadjuvante de Nilmar e Taison no jogo realizado em Erechim pela sexta rodada do Gauchão. Na tarde desta segunda, no Beira-Rio, o jogador não escondeu o descontentamento por ter dado lugar a Andrezinho:
— Nunca vou sair (de campo) sorrindo, a não ser que estejamos ganhando, no final de jogo. Mas no intervalo é complicado. Para mim é um pouco mais chato porque eu já servi para muitas posições, ajudei em muitas coisas. Parece que hoje estou com uma inutilidade maior. Mas é normal. O (técnico) Tite tem liberdade total para fazer o que bem entender.
Há mais de quatro anos no Beira-Rio, o jogador lembra ter sido improvisado em várias funções — já atuou até como lateral-esquerdo. Visivelmente desconfortável, ele minimizou as escolhas do técnico Tite e disse estar à disposição do clube.
— Eu sou o cara para ajudar, o
coringa, o que se sacrifica, dá a
cara para bater. Eu estou à disposição do Inter. Não é por mim, não é pelo Tite, não é por ninguém. É pela entidade, é pelo torcedor, que é muito maior do que qualquer vaidade, do que qualquer pessoa que aqui esteja.
Questionado se está chateado com a situação, Alex disse que atualmente não vem mais sendo útil para a equipe como já foi anteriormente.
— Eu já fui muito útil, mas parece que hoje não tenho mais essa utilidade toda. Antes era possível trocar um esquema comigo em campo. Hoje, pelo menos neste início (de temporada), estou perdendo rapidamente tudo o que eu conquistei — desabafou.
Alex admite que não vem marcando tantos gols como em 2008, especialmente na conquista da Sul-Americana. Mas ele destacou a importância do momento do Inter no Gauchão:
— Os gols não estão saindo como no ano passado. Mas isso não é importante. O importante é que o time está bem e está ganhando. Nesse momento, o Taison está assumindo esta
responsabilidade e fazendo os gols.
Alex
aceitaria ficar no banco de reservas, até para que os companheiros também recebam oportunidades. Mas ele ressalta que não se contentaria com a condição:
— Se você perguntar, todo jogador vai dizer que quer jogar sempre. Mas eu acho válida a opção de mesclar o time. É bom para todo mundo, para todos terem oportunidades de pegar ritmo. Isso é importante na estruturação do time.
Assista aos gols do Gre-Nal:
Alex: "Eu já fui muito útil, mas parece que hoje não tenho mais essa utilidade toda"
Foto:
Isabela Vieira