| 27/06/2008 22h33min
Enquanto França e Sérvia lutam por mais pontos em Lyon, na França, Venezuela e Brasil se enfrentam neste final de semana em Caracas, na Venezuela. Neste sábado, às 17h (de Brasília), as seleções estarão frente a frente no ginásio Poliedro de Caracas, assim como no domingo, a partir das 16h. As partidas do Brasil, válidas pelo grupo A da Fase Intercontinental da Liga Mundial, serão transmitidas pelo canal Sportv.
Em toda história, os brasileiros somam 48 vitórias contra duas dos adversários. Apesar do favoritismo, o técnico brasileiro Bernardinho ressalta o potencial da seleção adversária.
— A grande virtude da Venezuela é a força física. São grandes saltadores. Ao longo dos últimos anos, cresceram bastante ao ganharem experiência internacional. Seus principais jogadores jogam fora do país e estão mais maduros e tranqüilos. Eles têm obtido bons resultados nas últimas temporadas e podem obter ainda mais — disse Bernardinho.
Do outro lado da quadra estará Ricardo Navajas. Treinador venezuelano, o brasileiro faz questão de enfatizar as qualidades do Brasil.
— Essa equipe tem a recepção até melhor do que a outra. A formação com Nalbert, Murilo e Manius é muito boa, pois os três são muito específicos nesse fundamento. Precisamos dar o nosso máximo nesse jogo, já que o Brasil, tecnicamente, é superior aos outros times do mundo. Tem jogadores em patamares muito próximos. E essa é a grande vantagem do Brasil: se dar ao luxo de ter duas, três equipes. Uma jogando aqui, outra lá; e ainda formar uma terceira. Vejo até que alguns países estão tentando fazer isso também, mas tecnicamente não é a mesma coisa. Aqui na Venezuela temos uma boa equipe, mas jogamos com 6 ou 7 num dia e no seguinte, também.
O capitão brasileiro, André Heller, destaca o oposto Harry como principal jogador da equipe adversária. Harry já atuou pelo voleibol da Ulbra e Luis, ponteiro, é outro conhecido dos jogadores brasileiros por ter atuado nesta temporada no voleibol italiano.
— Os principais jogadores da equipe são o oposto Harry, que já atuou no voleibol brasileiro, e o ponteiro Luis, que fez uma grande temporada no voleibol italiano — falou André.
O atacante venezuelano Harry explicou que o trabalho com o grupo foi retomado com a presença de Navajas.
— Nosso ápice foi no Pan de 2003, quando não esperávamos ganhar do Brasil. Aqui na Venezuela foi uma surpresa para todos. Depois disso, nosso rendimento caiu muito. Tivemos muitos problemas. Perdemos tempo. Com o Ricardo, fizemos um trabalho sério até o Pan e fechamos a meta de chegarmos aos Jogos Olímpicos. Conseguimos. E agora estamos aproveitando todos os jogos da Liga para nos prepararmos para as Olimpíadas. As 12 partidas que teremos são de alto nível e normalmente não temos oportunidades como essas. Enfrentar o Brasil, a melhor equipe do mundo, em casa, sempre é muito bom. Ganhamos a oportunidade de evoluir nessas ocasiões — explicou o jogador do time adversário.
Bruninho dá a dica
Um dos jogadores mais jovens da seleção, o levantador Bruninho, que joga pela Cimed, resumiu o que se faz necessário para que o Brasil conquiste a vitória nos dois duelos diante da seleção venezuelana.
— Como contra qualquer time do mundo, precisamos sacar bem. Temos treinado bastante isso e estamos preparados. Com o saque eficiente, conseguiremos neutralizar as jogadas pelo meio – principalmente as com o Ivan (2,05m). Assim, o jogo ficará mais marcado, com mais bolas altas nas pontas, e o nosso bloqueio terá mais chances de pará-los. Além disso, o nosso passe precisa estar bom para que eu e o Marlon possamos variar bem as jogadas, com agilidade. Isso fará com que o nosso ataque rode com mais facilidade — explicou o talentoso filho do técnico Bernardinho.