| 07/05/2008 19h04min
Os torcedores avaianos Juliano Marinho de França, 22 anos, Franklin Roger Pereira, 22 anos, e Guilherme Fretta Lacerda, 33 anos, conseguiram o que almejavam: responder ao processo no caso da bomba em liberdade. Eles saíram do Presídio Santa Augusta, em Criciúma, na noite desta quarta-feira.
O juiz Manoel Donisete, da comarca de Criciúma, atendeu ao pedido feito pelos advogados Marcelo Galli Santana e Hélio Brasil, defensores do acusado Guilherme Fretta Lacerda, e revogou a prisão preventiva de todos os três envolvidos.
— Fizemos o pedido para o juiz e ele entendeu por bem revogar não só a do Guilherme como também a dos outros envolvidos — disse o advogado Marcelo Galli Santana.
Os advogados de Guilherme chegaram a entrar com um habeas corpus, porém este nem precisará ser julgado no STJ, já que a liberdade foi conseguida. O julgamento ainda não tem data determinada. Estão em andamento as provas de acusação e as duas últimas testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Depois, será a vez das testemunhas de defesa, com data ainda indefinida. Só após a conclusão dos depoimentos é que será marcado o julgamento.
Entenda o caso
Os três acusados foram detidos logo após o episódio em que o lançamento da bomba caseira, no Heriberto Hülse, mutilou a mão do aposentado Ivo Costa, de 63 anos, no dia 24 de fevereiro, na partida entre Criciúma e Avaí, pela última rodada do primeiro turno do Estadual.
Desde a semana seguinte ao episódio os três acusados cumpriam prisão temporária. A prisão preventiva de Guilherme Fretta Lacerda foi decretada junto a de Juliano Marinho de França, no dia 18 de março. Já Franklin Pereira, que chegou a ser liberado da prisão temporária
por bom comportamento, retornou ao presídio em 25 de
março e também teve a preventiva decretada. Foram dois meses de tentativas de revogação por meio de pedidos de habeas corpus, que foram negados em função de clamor popular — com base na comoção pública e repercussão do caso.
Juliano é acusado de arremessar a bomba. Franklin teria entrado com o artefato no Estádio, que, segundo depoimento do próprio torcedor, teria sido entregue por Guilherme. Os três foram indiciados por porte de artefato explosivo. Juliano, ex-militar, foi indiciado ainda por crime de lesão corporal gravíssima.
Matéria atualizada às 20h28min