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 | 04/05/2008 18h47min

Figueira vence Criciúma na prorrogação e ergue seu 15º título estadual

Bruno Santos marcou gol do troféu no Heriberto Hülse

Ana Rosa  |  ana.rosa@rbsonline.com.br

De forma heróica, o Figueirense superou uma prorrogação e um estádio completamente lotado para erguer o seu 15º título do Campeonato Catarinense na noite deste domingo, dia 4, em Criciúma. Depois de perder nos 90 minutos por 3 a 1, o alvinegro venceu o Tigre no tempo complementar por 1 a 0 com um gol de Bruno Santos, aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação, e ergueu a taça estadual dentro do Heriberto Hülse. Ao Criciúma restou lamentar perder pela segunda vez consecutiva o título do Catarinense dentro de seus domínios.

No tempo normal de jogo, o Figueira abriu o placar com Cleiton Xavier. O Tigre empatou com o zagueiro Claudio Luiz, depois ampliou com Zulu e, novamente, com Claudio Luiz.

O jogo

A partida começou bastante truncada com muitas faltas, principalmente, pelo lado alvinegro. As chances claras de gol demoraram a acontecer, mas assim que surgiram a rede logo balançou. Aos 19 minutos, o Tigre quase chegou a abrir o placar. Luiz André cruzou da direita, Jael subiu mais alto que todo mundo na área e testou com muito perigo para a boa defesa de Wilson.

A resposta do Figueirense foi fatal. Após uma rápida saída de bola, Cleiton Xavier avançou pelo lado direito, bateu cruzado e matou o goleiro Zé Carlos, que apenas viu a bola bater no travessão e estufar a rede: 1a 0 para o Figueira.

Em desvantagem no placar, o Tigre foi em busca do gol e da prorrogação. Aos 28, Jael tentou um cabeceio; aos 31, o mesmo Jael e Claudio Luiz apareceram na pequena área para empurrar e Wilson não deixou; dois minutos depois, o arqueiro alvinegro voltou a barrar uma bola de Jael.

Aos 38, no entanto, não deu para segurar o ímpeto do Tigre. Após uma cobrança de falta do lateral Reginaldo Araújo, o zagueirão Cláudio Luiz testou para deixar tudo igual. A torcida, que encheu o Heriberto Hülse, passou a empurrar cada vez mais o tricolor.

Ainda antes do apito final do primeiro tempo, o Figueira voltou a assustar o goleiro Zé Carlos com uma bola que, inacreditavelmente, foi desperdiçada pelo alvinegro. Asprilla fez bonita jogada e, da linha de fundo, tocou para Edu Sales. O atacante furou e perdeu a chance de pôr o Furacão outra vez em vantagem.

Tigre amplia no segundo tempo

A resposta do Tigre à torcida veio na etapa final. Aos 13 minutos, o atacante Zulu, que recém havia entrado na partida, colocou o Criciúma na frente. O jogador recebeu bola enfiada e mandou para dentro do gol alvinegro, à queima-roupa do goleiro Wilson. O tento provocou muita reclamação dos atletas alvinegros já que, de acordo com imagens da televisão, Zulu estava impedido.

O Criciúma voltou a balançar a rede aos 31 minutos. Após cobrança de falta do lado esquerdo, o gigante Cláudio Luiz nem tirou o pé do chão para acertar o cabeceio e fazer 3 a 1 para os anfitriões.

Com o placar, o Tigre se fechou atrás e ficou à espera da pressão alvinegra. O time da Capital, porém, já não era mais o mesmo do começo do jogo e aparentava um certo cansaço. A esta altura, a prorrogação era inevitável.

Nervosismo na prorrogração 

O primeiro tempo da prorrogação foi tenso e sem maiores chances de gol. O nervosismo, no entanto, ficou evidente na etapa final do tempo extra. O técnico Leandro Machado foi advertido pelo árbitro José Acácio da Rocha logo aos três minutos. No minuto seguinte, porém, a tensão se transformou em desespero para os torcedores do Tigre. Marquinho, que entrou na prorrogação no lugar de Edu Sales, enfiou a bola para Bruno Santos, que mandou para o fundo da rede. Era o gol que valia o título.

Com o placar, restava ao Tigre cerca de 10 minutos para reagir. Aos nove minutos, a equipe sofreu um novo golpe. O atacante Jael, que já tinha um amarelo, levou outro e foi expulso. A partida também acabou mais cedo para o técnico Gallo, que levou o vermelho quase no mesmo que tempo que o atacante.

Precisando de mais um golzinho, o Criciúma se lançou ao ataque, tentou a bola aérea, conseguiu escanteios, mas não balançou a rede. Com o apito final, restou ao Tigre lamentar mais um título que escapou dentro de casa. Já do outro lado, o alvinegro comemorou sua primeira conquista estadual longe do Orlando Scarpelli e também o fato de ser a equipe catarinense com mais títulos do Catarinense em sua coleção.

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