| 03/05/2008 20h40min
Neste domingo, Criciúma e Figueirense decidem quem fica com o título estadual a partir das 16h, no Heriberto Hülse, em Criciúma. O alvinegro joga por um empate para levar o título catarinense, já o Tigre tem que vencer o Figueira duas vezes, no tempo normal e na prorrogação. Caso haja empate na prorrogação o título será disputado nos pênaltis.
A final deste domingo terá dois protagonistas que fizeram a diferença para suas equipes durante o campeonato. O atacante Jean Coral, do Criciúma e o meia Cleiton Xavier, do Figueirense.
A promessa do Tigre
Um filho da terra encara a responsabilidade de conquistar mais um título estadual para o Criciúma. Este é o desafio do atacante Jean Coral, 20 anos. Nascido em Içara, o jogador passou pela escolinha do Caravaggio, em Nova Veneza, antes de chegar ao Criciúma, em 2003, com 15 anos, para jogar no infantil.
Desde Mahicon Librelato, o Tigre não revelava um jogador nascido e criado na região. E as comparações são inevitáveis. Oriundos de famílias bem estruturadas de cidades vizinhas a Criciúma, foram artilheiros na base e disputaram os primeiros jogos entre os profissionais antes dos 20 anos e em momentos difíceis do clube.
Com um discurso humilde, o jovem atacante quer escrever a própria história no clube. Após surgir como salvador da pátria em 2007, quando a equipe estava em fase decadente na Série B. Neste ano, o atacante encontrou maior estabilidade no grupo para desenvolver o mesmo futebol revelado na base. Na temporada já são 14 gols. Dois deles na Copa do Brasil. Mas a artilharia não é o objetivo final:
— Minha meta é ser campeão. Se tu chega a uma disputa de título, vais estar brigando pela artilharia — afirma.
Sem poder atuar no primeiro jogo da decisão, por suspensão, Jean criou uma expectativa maior para participar da grande final. Para completar, teve que enfrentar dores musculares e acabou poupado de dois dias de treinos.
— O nervosismo e a ansiedade aumentaram,
mas eu vou procurar manter a tranqüilidade — afirma Jean.
A competição também foi de aprendizado para o jogador, que passou a atuar mais recuado, quase como um meia, na falta de um jogador específico de articulação de jogadas. A nova situação foi encarada com normalidade pelo jogador que não quer desperdiçar as chances:
— Sou atacante, mas é uma opção tática. Melhor estar jogando que no banco de reservas — atesta.
O mestre do Figueira
O meia Cleiton Xavier foi o grande nome do Figueirense durante o estadual, no primeiro jogo da final comandou o time na vitória do time por 1 a 0. Em sua segunda temporada em Florianópolis, o alagoano conquistou a torcida e também o respeito dos colegas e comissão técnica, que inclusive lhe deu a braçadeira de capitão.
O bom momento pode ser coroado com o título estadual, que seria o terceiro da carreira (foi bicampeão gaúcho pelo Inter). No primeiro
jogo da final, ele bateu a falta que desviou nas costas de Edu Sales e
garantiu a vitória do Figueirense. O meia espera repetir a dose neste domingo, em Criciúma, um jogo especial para qualquer jogador.
— É um jogo diferente. A gente trabalha, desde a nossa apresentação, para esse momento. Nós queríamos ser campeões antes, na verdade, mas não deu. Chegou o momento tão esperado, a gente tem que jogar no limite e até dar algo mais — projeta o maestro alvinegro.
Além de meia-atacante e volante, Cleiton enfatiza que também já jogou de ala e não teria problema nenhum em atuar ali novamente. Será uma pista? Em se tratando de Alexandre Gallo, tudo pode acontecer. E em se tratando de Cleiton Xavier, é de se esperar que, qualquer que seja a função em campo, seja bem desempenhada.
DIÁRIO CATARINENSE
Jean Coral e Cleiton Xavier são os protagonistas da final
Foto:
Montagem sobre fotos de Flávio Neves e Alvarélio Kurossu