Depois de rodar no treino da sexta-feira e amargar neste sábado a penúltima colocação no grid de largada para o Grande Prêmio da Austrália, o brasileiro Nelsinho Piquet manteve a calma. O novato da Renault negou que esteja sofrendo com a pressão e disse estar tranqüilo para o restante da temporada, mas ainda assim revelou estranhar o ritmo de piloto titular de Fórmula 1.

– Alguns novatos têm mais facilidade nas primeiras provas, mas estou em um time que não é o mais rápido do momento, então estamos nos esforçando bastante – comentou Nelsinho, que traçou um paralelo com a situação vivida no ano passado pelo finlandês Heikki Kovalainen, também estreante no time francês.

– Com o Heikki foi diferente. Ele tinha nas mãos um carro que havia sido campeão mundial em 2006 e talvez tenha se cobrado demais – opinou Piquet. – Eu estou me cobrando bastante, é claro, mas acredito que poderia ter conseguido um tempo melhor se tivesse testado mais. Além disso, o Kovalainen chegou a testar 30 mil km na pré-temporada, enquanto eu corri cerca de 10 mil – lembrou.

Outro fato que evitou que Nelsinho se decepcionasse com o 21º lugar no grid de largada na Austrália foi o desempenho de seu companheiro de Renault, o espanhol Fernando Alonso, que obteve apenas o 12º posto.

– Obviamente isso tira um pouco de pressão de cima de mim, mas não me faz mais feliz. Se ele tivesse conseguido um tempo melhor, mostraria que teríamos um carro mais rápido. Acho que isso só prova que teremos um ano muito complicado e brigaremos pelo pelotão do meio, do sexto ao 14º lugar – previu.

Nelsinho Piquet terminou a primeira etapa do treino classificatório com o tempo de 1min28s330, melhor apenas em relação ao do inglês Anthony Davidson, da Super Aguri, com 1min29s059.

A Rede Globo transmite o GP da Austrália na madrugada de sábado para domingo, à 1h30min (horário de Brasília).