| 07/02/2008 03h41min
A Era Roger no Grêmio teve início ontem, com seu primeiro treino coletivo entre os titulares. O desentrosamento, somado ao calor de 35ºC, fez com que seu desempenho fosse opaco. Neste sábado, diante do Novo Hamburgo, ele ainda estará longe do virtuoso meia de Fluminense e Corinthians. Mas, mesmo assim, já trará algum brilho ao time de Vagner Mancini.
Em 40 minutos de treino, Roger foi uma espécie de técnico em campo. Ainda que o prolongamento das jogadas iniciadas com seus 10 passes certos tenha acabado em um bico para a lateral ou nos pés do adversário, ele não desanimou. Orientou o time o tempo todo. Falou muito, como Mancini exigia do grupo, cobrou empenho e até marcou. Roger garante que não ambiciona o posto de capitão, hoje de Eduardo Costa. Mas diz que seguirá comandando o time a partir do meio-campo.
- O Vagner (Mancini) pede para que eu fale com os mais jovens. Tenho puxado o Eduardo (Costa) comigo para orientar e incentivar a garotada. Falo muito, mas nunca
brigo com ninguém. Para
eu parar de falar, só se cortarem a minha língua - disse o meia.
Roger conta as horas até a estréia. Está ansioso para estrear no Olímpico. Apesar do visível desentrosamento, projeta atuação "nota seis ou sete" diante do Novo Hamburgo. Entende que a sintonia com os atacantes chegará até o final da fase classificatória do Gauchão.
— Todos estão ansiosos pela minha estréia: eu, os torcedores e a imprensa. Espero transformar essa expectativa em algo positivo. Pelo nome que tenho e por tudo o que conquistei, sei que haverá pressão para que jogue bem — reconheceu.
O centroavante Tadeu foi o maior beneficiado com a entrada de Roger. Ele marcou o único gol dos titulares na vitória sobre os reservas. Ao final, Tadeu elogiou a categoria de Roger:
— Ele é diferenciado, tem qualidade enorme de passe. O Roger já cadenciou mais o nosso jogo. É claro que teremos dificuldade de entrosamento neste início, mas o importante no momento é seguir
pontuando — disse o centroavante.