| 06/02/2008 20h51min
Roger participou nesta quarta-feira daquele que considerou ser o seu primeiro coletivo como titular do Grêmio. Isso porque, segundo ele, os treinos táticos anteriores tiveram muitas interrupções para correção de posicionamento. Nesta quarta, o meia atuou durante os 40 minutos de trabalho, correu, marcou e orientou os companheiros. Ele também não escondeu o sentimento de voltar aos gramados depois de estar afastado durante boa parte de 2007. Roger deve estrear com a camisa tricolor neste sábado, contra o Novo Hamburgo.
— Ansiedade. O torcedor está ansioso, vocês da imprensa estão ansiosos. Mas ninguém está mais ansioso do que eu para jogar e estrear sábado. Mas já venho dizendo desde que cheguei aqui que tenham paciência. Eu peço somente para não ter lesão. Se eu tiver uma
seqüência de jogos, com certeza as coisas vão
se encaixando — resumiu.
Apesar dos primeiros 15 minutos em que parecia sem saber o que fazer, no final da primeira etapa do treino, Roger já atuava como o articulador que está faltando na equipe de Vagner Mancini. Voltava até o meio-campo para buscar jogo. Segurava a bola para evitar desgaste e correria desnecessárias. E instruía os companheiros sobre as melhores jogadas.
— Eu avalio que os últimos 20 minutos foram bons. E as coisas só vão melhorar com o tempo, com mais coletivos e mais jogos. Foi meu primeiro coletivo desde que cheguei. Os primeiros 10, 15 minutos foram complicados para pegar o tempo de bola, para pegar o tempo da chegada da marcação, de girar, de encontrar os companheiros, mas depois você vai se acostumando — avaliou.
No intervalo do coletivo, uma outra virtude de Roger: a conversa. Mancini chamou alguns jogadores no meio do gramado para corrigir posicionamento e o novo camisa 10 era o mais falante. Perguntado se poderia ser a
liderança que falta ao jovem time do
Grêmio, Roger desconversou:
— Logo que eu cheguei, no primeiro treino tático eu comecei a falar e depois do treino fui pedir desculpa pro Mancini, porque eu não tinha perguntado se eu podia entrar tanto na área dele. Mas eu sou um cara que falo, que gosta de tentar orientar o máximo e tenho essa qualidade, ou esse defeito, depende de como se enxerga isso. Mas ele me disse que eu tenho todo o aval dele para falar e tentar corrigir dentro do campo o que eu acho que está certo ou não — concluiu.
Virtude: Roger falou muito durante o treino, corrigindo posicionamento e incentivando os companheiros
Foto:
Valdir Friolin