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 | 27/02/2007 19h03min

Governadores do PMDB querem que Temer desista de concorrer à reeleição

Sérgio Cabral quer candidatura única em torno de Nelson Jobim

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, vai tentar convencer o atual presidente do PMDB, Michel Temer, a desistir de concorrer à reeleição. A idéia de Cabral é de que Temer apóie uma candidatura única em torno de Nelson Jobim. O governador fluminense participou nesta terça-feira de uma reunião com outros quatro governadores do partido: Roberto Requião (PR), Marcelo Miranda (TO), Eduardo Braga (AM) e Luiz Henrique da Silveira (SC).

Cabral disse que iria procurar Temer ainda hoje em busca de um entendimento em torno de uma chapa única para evitar uma disputa nas eleições internas, marcadas para o próximo dia 11. Segundo ele, tradicionalmente, as eleições para a presidência do partido sempre ocorreram em chapa única.

– A solução de confronto, historicamente, sempre foi resumida à disputa da Executiva e, portanto, vamos apresentar a possibilidade desse entendimento – afirmou. Os cinco governadores pretendem oferecer a Temer um cargo na Executiva Nacional do partido.

Cabral disse que, embora Temer tenha respeito e admiração entre os membros do partido, o PMDB deve assumir um papel de formulador de políticas públicas, inclusive junto ao governo federal.

– O PMDB tem um papel extraordinário a ser desenvolvido nos próximos anos, não só com o governo federal, mas também em ter opinião sobre temas como reforma tributária, pacto federativo e meio ambiente – afirmou.

Na segunda-feira, o presidente regional do PMDB do Rio, Anthony Garotinho, propôs a Nelson Jobim que desistisse da candidatura. O ex-governador do Rio, Moreira Franco, chegou a sugerir que Jobim ocupasse a vice-presidência da chapa de Temer para desistir de disputar a presidência do partido.

– Não há possibilidade que eu possa ser vice do Michel. A tentativa de entendimento é exatamente o contrário. São seis anos de administração do presidente Michel Temer, que foi importante, mas chegou o momento de se fazer uma modificação para se criar uma agenda do partido e sua inserção estratégica no momento político nacional – disse Jobim, que participou do encontro com os governadores no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio.

A posição de Cabral aumentou ainda mais a distância em relação ao ex-governador Garotinho, um aliado político até as eleições passadas. Cabral começou a se afastar do ex-governador de forma mais clara no segundo turno eleitoral, ao receber o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, o governador é um aliado de primeira hora de Lula e tem recebido recursos do governo federal em áreas como segurança pública e infra-estrutura.

AGÊNCIA O GLOBO
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