| 01/02/2007 16h23min
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que, qualquer que seja, o presidente eleito para conduzir a Câmara deve reunir-se com as lideranças partidárias para definir qual será a postura em relação ao governo. Em sua opinião, destacou, a posição deve ser de autonomia, e, quando necessário, de resistência.
Em discurso que antecede a votação para a presidência da Casa, Fruet reforçou que sua candidatura não é de protesto, mas propositiva. O deputado agradeceu a todos os que o apoiaram, destacando que, na legislatura anterior, o Parlamento votou matérias importantes com a ajuda dos partidos da oposição, como a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.
– Ao presidente também cabe, por vezes, essa posição de combate, seja com o Executivo ou com outros órgãos da sociedade. E esse olhar crítico tem de ocorrer para que a Câmara possa ser um espaço de superação – afirmou.
Fruet destacou que, pela primeira vez, houve um debate público sobre a disputa pela Presidência da Casa.
û Minha candidatura trouxe uma mudança na agenda da campanha, trazendo a controvérsia e o debate – disse, agradecendo a todos os cidadãos que lhe enviaram apoio.
Ele também lembrou que a função do Parlamento não é só fazer leis, mas boas leis e políticas públicas. Ele questionou a quem interessa que o Congresso Nacional viva com constantes crises.
– Não fomos anistiados pelas urnas, e caberá ao presidente ter uma palavra de respeito à autonomia de atuação de cada deputado – ressaltou.
O candidato lembrou que sua candidatura nasceu de um descontentamento com os rumos que o país e a Casa tomaram nos últimos anos. Segundo ele, o grupo que o apóia quer lutar contra a negação da Câmara, e, em seu mandato à frente da Casa, pretende ajudar a recuperar a liderança do Legislativo na discussão dos temas nacionais.
– Os deputados precisam sair de cabeça erguida, e não ter de ficar respondendo a todo tipo de crítica que vem abalando a
legitimidade da representação popular – destacou.