Os ginastas brasileiros vão para o tudo ou nada na Final da Copa do Mundo de ginástica artística, neste final de semana, em São Paulo. Neste sábado e domingo, Diego e Daniele Hypólito, Daiane dos Santos e Laís Souza participam das finais de cinco aparelhos no ginásio do Ibirapuera, totalizando oito chances de medalha para o país.

As disputas começam às 16 horas (horário de Brasília) de sábado com as provas de salto e barras assimétricas, no feminino, e solo, cavalo com alças e argolas, no masculino. Domingo, a competição começa às 14 horas. As meninas apresentam-se na trave e solo e os rapazes, no salto, barras paralelas e barra fixa. Todos os brasileiros competirão em mais de um aparelho.

Representante solitário do masculino, Diego vai disputar no solo, buscando não apenas o pódio, mas também registrar na história um salto inédito que deverá levar seu nome ('Hypólito'), caso seja bem-sucedido. O movimento é um duplo twist carpado com pirueta no eixo longitudinal. Esta será a primeira vez que o elemento será apresentado em uma competição internacional. Além do aparelho no qual é vice-campeão mundial, Diego está na final do salto.

Vice-campeã mundial no solo, Daiane é outra com novidades em sua apresentação. A coreografia de 'Isto aqui o que é' ganhou um salto Tsukahara (pirueta com duplo mortal esticado) logo na primeira passada para causar mais impacto na apresentação. Depois de treinar a seqüência com o salto na quinta, a gaúcha garante que ele está confirmado para a luta por medalha.

Com Laís e Daniele também competindo no aparelho, o solo é a principal esperança de medalhas para o país. Mas a caçula do grupo acredita que os bons resultados podem ser generalizados.

– Todas nós temos chances de medalha, de ficar em uma boa colocação. São os oito melhores do mundo e você está aí. Agora o que vier é lucro – diz Laís, que completou 18 anos esta semana e também se apresenta no salto. 

Daiane concorda com o nível de dificuldade.

– Qualquer um pode ganhar, mas o objetivo de todo mundo é vencer. Claro que é bom estar em casa com o apoio do público, mas a gente se cobra muito também e é difícil de controlar pelo emocional – disse Daiane.

Paulista de Ribeirão Preto, Laís será prestigiada pelos pais e, talvez, alguns tios. A gaúcha Daiane também tem torcida garantida. O pai deve acompanhar as provas desde sábado.

– Minha mãe deve vir domingo porque precisa trabalhar amanhã (sábado) – completa.

Além do solo, Daiane está na final das barras assimétricas, assim como Daniele. Recordista de participações em aparelhos no evento, Daniele ainda disputará na trave de equilíbrio.

Dividir a atenção entre três provas em uma etapa tão importante não a preocupa. Acostumada a representar o país na individual geral em competições internacionais, Daniele acha isso normal, mas reconhece que suas chances não são iguais em todos os aparelhos.

– Eu estou no solo, mas meus dois aparelhos mais fortes são paralela e trave. Acabei treinando neles mais especificamente porque são onde tenho mais chances.

A Final da Copa reúne os ginastas mais bem posicionados no ranking internacional no momento. O evento terá transmissão ao vivo pela Band. Clique aqui e saiba mais sobre a competição.

GAZETA PRESS