| 20/07/2006 08h48min
O presidente do Líbano, Émile Lahoud, negou hoje que a Síria e o Irã estejam por trás das ações do grupo xiita Hezbollah contra Israel e utilizem o Líbano como zona de guerra, garantindo ainda que o grupo é muito respeitado em todos os países árabes. O presidente do Líbano pediu um cessar-fogo imediato, que apontou como única solução para deter o que considera uma tragédia, no nono dia da ofensiva militar de Israel.
Lahoud afirmou que o grupo tem dois ministros no governo libanês, que participam de reuniões diariamente. Sobre uma eventual força internacional no sul do Líbano, na fronteira com Israel, o chefe de Estado disse que primeiro "é preciso acabar com a guerra e os massacres". – Israel está bombardeando tudo, as ambulâncias, os caminhões com alimentos, os civis, as crianças, todo o mundo – denunciou Lahoud. No jornal francês Le Figaro, o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou que "há uma semana Israel abriu sobre o Líbano as portas da loucura, levando o país ao inferno". "Com uma reação totalmente desproporcional, os israelenses destruíram o Líbano" e "cometeram crimes inimagináveis", disse, segundo o jornal. Para Siniora, Israel criou o Hezbollah, e sua ofensiva só serve para fortalecer o grupo. Após denunciar o seqüestro dos dois soldados israelenses por parte do grupo xiita, Siniora disse que discutiu o tema com a delegação da ONU que visitou o país. AGÊNCIA EFE