| 19/07/2006 21h38min
Os EUA mostraram hoje resistência a fazer uma chamada para um cessar-fogo no Líbano, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria de membros do Conselho de Segurança defendem o fim imediato das hostilidades.
– A noção de um cessar-fogo é simplista, entre outros. Quero que alguém me diga como é possível abordar o problema sobre como alcançar um cessar-fogo com uma organização terrorista – disse o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton. – Quando foi efetivado um cessar-fogo entre uma organização terrorista e um Estado antes? Não acho que esta maneira velha e convencional de pensar funcione em um caso como este – acrescentou. O diplomata americano respondia assim à proposta feita pela França de elaborar uma resolução no Conselho de Segurança pedindo às partes um cessar-fogo, e a implementação da resolução 1559. Essa resolução, adotada em setembro de 2004, pede que o governo de Beirute desmantele a milícia do Hezbollah e exerça sua autoridade em todo o país. O secretário-geral adjunto da ONU, Mark Malloch Brown, que também considera necessária uma resolução pedindo o fim de hostilidades, disse que não é possível dar a impressão de que os problemas políticos podem ser resolvidos militarmente. O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, também defendeu um cessar-fogo, e lamentou que a posição de alguns dos membros do Conselho tenha impedido que este órgão se pronunciasse até o momento. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, informará amanhã aos membros do Conselho de Segurança sobre suas gestões diplomáticas com os líderes da região. Annan também deve se reunir com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e o alto representante para a Política Externa da União Européia (UE), Javier Solana, em um jantar amanhã em Nova York, para abordar os últimos eventos na região. AGÊNCIA EFE