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 | 20/07/2006 07h36min

Israel recomenda que civis deixem o sul do Líbano

Hezbollah negou que alvo bombardeado ontem fosse local de reunião

Chefes militares israelenses encarregados da ofensiva contra a milícia islâmica do Hezbollah aconselharam a população civil a abandonar as aldeias do sul do Líbano, onde o Exército mantém hoje as suas operações por terra ao longo da fronteira. Milhares de civis nas localidades israelenses da Galiléia, ao longo da fronteira de 110 quilômetros com o Líbano, e até a cidade de Haifa, passaram a noite em abrigos pela sétima vez. Mas não foram registrados ataques durante a madrugada.

Fontes militares israelenses citadas pela imprensa local insistiam que o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, estava com outros dirigentes no bunker que a aviação israelense atacou ontem à noite. Os pilotos da Força Aérea dizem que as bombas, de alto poder de destruição, atingiram o alvo, informaram fontes militares.

Os bombardeiros lançaram 23 toneladas de dinamite sobre o suposto bunker de Nasrallah no campo de refugiados palestinos de Burch el-Barachne, ao sul de Beirute. O Hezbollah desmentiu a informação, dizendo que o local era uma mesquita em construção. A última aparição de Nasrallah foi há quatro dias, numa mensagem gravada.

O ministro de Segurança Interior de Israel, Avi Dichter, ex-chefe do Serviço de Segurança Geral (Shin Bet), disse esta manhã que os milicianos libaneses tentam evitar a fuga dos aldeões do sul usando suas armas para ameaçar a população. Por enquanto, os soldados da infantaria israelense, apoiados pela aviação e a artilharia, penetraram numa faixa de um quilômetro e meio no território libanês. As tropas estão destruindo sistematicamente as posições do Hezbollah.

Segundo fontes militares, centenas de guerrilheiros se encontram no sul do Líbano, de onde disparam foguetes Katyusha contra localidades do norte de Israel. Fontes da Força Aérea anunciaram hoje que, desde o início da ofensiva, foram bombardeados 200 pontos de lançamento de mísseis e foguetes contra Israel. As operações em terra são feitas por pequenas unidades para desmantelar a infra-estrutura da milícia islâmica, mas podem ser ampliadas.

Parte dos militares descarta uma invasão em massa como a de 1982, para desarticular a guerrilha palestina, que se prolongou de fato até 1984. Na operação, além de milhares de palestinos e libaneses, morreram 650 soldados israelenses.

AGÊNCIA EFE
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