Ao fazer sua defesa em tom emocionado no plenário, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) revelou que pensou em renunciar ao mandato no início da crise, mas disse que pensou em seu pai e decidiu lutar por sua biografia. João Paulo pediu desculpas ao relator Cezar Schirmer (PMDB-RS) por ter afirmado que ele mentiu em seu relatório apresentado no Conselho de Ética.

– Peço desculpas ao deputado Cezar Schirmer. Estendo esse pedido a sua família. O que eu fiz não é do meu feitio, receba de bom coração – disse João Paulo.

O petista disse que sofreu e sofrerá muito pelo que está passando, que o processo de cassação de seu mandato tem sido muito duro. Segundo ele, a política é tão dura quanto a guerra.

– Só que na guerra se morre uma só vez – completou.

João Paulo voltou a dizer que o relatório de Schirmer foi muito duro com ele e negou que tenha tomado medidas para prejudicar o povo ou sabendo que daria prejuízo ao erário. Encerrada a defesa, três parlamentares falam do deputado a favor e três, contra. Termina, então, a fase de discussão e tem início o processo de votação.

AGÊNCIA O GLOBO