Conteúdo: unimedespacovida | 16/02/2010 15h46min
A abordagem dos aspectos emocionais são delicadas em qualquer das etapas da vida, principalmente no idoso, pois a aproximação do final de um ciclo, em qualquer circunstância, nos remete a uma dimensão muito maior em termos de reflexão e inventário das ações ao longo do caminho, bem como nos coloca em contato com sentimentos com os quais não temos parâmetros. Isso é inerente à trajetória humana, como ser vivo que interage no universo e, portanto, goza de uma história com início, meio e fim. Novamente, o equilíbrio depende de uma combinação de uma infinidade de fatores como os individuais (aspectos mentais, comportamentais, físicos, biológicos, psicológicos), coletivos (sociais, familiares) e ambientais (clima, urbanização).
Contudo, é possível encontramos a satisfação e realização presente em todos estes aspectos de nossa vida? O resultado (profissional, financeiro, afetivo, etc) poderá ser próximo ou muito afastado do que consideraríamos como sendo o adequado ou motivo de nossa busca; entre as ações e reações da trajetória de uma vida, restarão vivências que poderão ser mais ou menos marcantes, cujos reflexos se farão sentir, certamente, no momento em que a reflexão encontrar seu tempo para acontecer, com mais ênfase na terceira idade.
Por exemplo, os idosos que desfrutam de uma boa relação afetiva, em geral, costumam sofrer menos eventos depressivos, dentre outros, que podem ter como fator contribuinte o isolamento e a rigidez afetiva. Se formos avaliar tais relações pregressas, encontraremos predominância de bons relacionamentos. A vida de relação saudável é sempre importante, pois nos proporcionará uma fonte de agradáveis lembranças.
Nesta linha, a tão sonhada e desejada felicidade produz resultados interessantes e permite abordagens diversas, pois é multifatorial e altamente mutável quanto aos determinantes, em cada momento da vida. O que hoje nos "faz felizes", talvez, após alguns anos "não tenha mais lugar" no nosso cotidiano. No entanto, não se pode apenas projetar dias melhores... há que se viver o hoje como substrato ao processo que exigirá mecanismos mais aprimorados, principalmente porque o organismo, de uma forma ou de outra, estará mais desgastado.
A mente terá que se adaptar à nova realidade com algumas limitações. O que é consenso é que a espiritualidade abre caminho para a melhor compreensão do que está à frente no processo de envelhecimento, enquanto a materialidade nos impõe sérias limitações, fazendo com que, muitas vezes, o fim possa chegar ainda mesmo enquanto estamos vivos.
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