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Conteúdo: unimedespacovida  | 22/11/2009 16h34min

Existe brincadeira "melhor"? Abaixo o preconceito!

Professora conta experiência que a fez refletir sobre o jeito "certo" de brincar

Neste trecho, a professora Tânia Ramos Fortuna, especialista em brincadeiras, lembra uma situação que a fez refletir sobre "velhas" e "novas" formas de brincar:

"Por muitos anos, trabalhei ativamente para perpetuar práticas lúdicas, dicas lúdicas, como pernas-de-pau, cinco-marias e etc. Muito preocupada com que as crianças conhecessem estas formas de brincar e preocupada também com o fato de seu repertório, sem essas experiências mais simples, ser muito restrito, pobre do meu ponto de vista.

Difundi por onde eu andei, por muitos anos, práticas daquilo que eu chamava e que as pessoas ainda hoje chamam de resgate do brincar. E numa destas experiências numa escola grande aqui de Porto Alegre, particular, criança com alto poder aquisitivo, desenvolvemos um projeto bárbaro pelo qual os avôs e os pais vinham e ensinavam as crianças a fazer pé de lata, saquinhos das cincos marias etc.

As crianças se empenharam e fizeram. Quando terminaram, diante uma exposição muito bonita dos brinquedos a professora perguntou: “E agora, o que a gente vai fazer com os brinquedos?", e as crianças disseram "Vamos vender, a gente pega o dinheiro e compra uns brinquedos para gente". E aí, os professores foram me contar, tristíssimos, que nada do tal resgate tinha dado certo.

Foi então que me dei conta de que tratamos a cultura lúdica contemporânea como um erro, um desvio no percurso da história da humanidade. Que bom mesmo era o percurso de como a gente brincava. Ou seja, uma tendência muito nostálgica de examinar a infância, fixados naquelas formas de brincar antigas. Como se as contemporâneas não fossem legítimas.

Será que nós não estamos nos aproximando do universo lúdico infantil com preconceito? Já imaginando que nestas formas de brincar, principalmente as eletrônicas, que são hoje o alvo mais vulnerável da critica pedagógica contemporânea, que os brinquedos eletrônicos seriam a destruição da infância?

Eu sou uma pessoa muito otimista em relação a essas formas, naturalmente  muito pessimista em relação à exclusividade destas práticas. Tão ruim para o desenvolvimento de uma criança é ela brincar apenas na tela de um computador quanto é para uma criança brincar apenas de subir na árvore.

Afinal, aquela criança que sobe em árvores é muito ágil do ponto de vista motor, mas que não terá a agilidade fina, destreza manual, não terá uma coordenação nem a capacidade que as crianças contemporâneas têm de fazer várias coisas ao mesmo tempo, e é inevitável o fato que isto mobiliza aspectos importantes no nosso desenvolvimento cognitivo. 


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