| 16/08/2007 15h03min
A população peruana vive um dia de grande nervosismo e em alerta devido às contínuas réplicas do terremoto de 7,9 graus na escala Richter que atingiu o Peru ontem e deixou pelo menos 387 mortos.
A cidade de Pisco, a mais afetada pelo sismo, se encontra imersa em ruínas devido à destruição de 70% dos imóveis. Alguns corpos estão espalhados pelas ruas.
Após passar a noite ao relento, reunidos em praças e jardins, os moradores enfrentam com temor as novas réplicas, o que os mantém em um estado de vigilância constante.
Um dos moradores lamentou a morte de um familiar e lembrou que a maioria das pesssoas perdeu todos os bens.
Em meio ao pessimismo, as autoridades locais realizaram hoje o resgate de uma mulher que sobreviveu após permanecer enterrada durante 15 horas sob os escombros.
Na cidade de Chincha, os moradores estão vivendo com angústia as réplicas do sismo, o que está provocando crises nervosas entre a população, segundo as autoridades locais.
A última das réplicas estremeceu a região de desastre por volta das 10h30min (12h30min em Brasília) e foi percebido em Lima.
As primeiras imagens mostram casas destruídas, e a cidade está sem fornecimento de água e energia, enquanto que a estrada Panamericana está interrompida, o que obrigou as autoridades a mobilizar a ajuda pelo ar.
Em Cañete, um morador explicou que uma das igrejas da cidade foi destruída completamente.
– Há 1,8 mil casas destruídas, e os moradores estão espalhados entre o parque e o estádio da cidade – relatou.
O litoral peruano afetado pelo sismo faz parte da rota turística que leva às míticas Linhas de Nazca, e Ica, cercada de dunas, abriga o balneário de Huacachina, um oásis no meio do deserto. A Reserva Nacional de Paracas também foi atingida.
A vila de pescadores que abriga o parque ficou alagada, enquanto o principal hotel da região ficou parcialmente destruído.
Em Lima, assim como no resto do país, as aulas foram suspensas, e a população tenta voltar à vida normal, após ter passado uma noite de tensão com medo de novos tremores.
AGÊNCIA EFE
Peruanos precisaram dormir em praças enquanto equipes de resgate trabalhavam entre os escombros dos edifícios derrubados
Foto:
Martin Mejia
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AP
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