| 16/08/2007 01h07min
Um terremoto de 7,9 graus na escala Richter seguido de outros tremores de menor magnitude provocaram destruição e morte na costa peruana. Segundo a TV peruana Pan-americana Televisión, o número de mortos chega a 19. Até a 1h (horário de Brasília), não havia informações de mais mortes. Segundo dados preliminares, outras 200 pessoas ficaram feridas.
O abalo ocorreu às 18h40min (20h40min de Brasília). O epicentro se localizou no mar, 167 quilômetros ao sul de Lima e em frente à costa de Pisco. A cidade mais afetada é Ica, a 300 quilômetros da capital, onde houve mortes e edifícios caíram.
O ministro da Saúde, Carlos Vallejos, informou que foram pelo menos 15 mortos em Ica, mas não descartou que haja mais vítimas. As redes de televisão calculam o número em 19. Quanto aos feridos, todos afirmam que são mais de 200, incluindo os de outras cidades, especialmente ao sul de Lima.
O presidente Alan García pediu que a população abandone o litoral,
devido ao risco de um tsunami, que mais tarde
foi descartado.
– Devemos estar prevenidos e preparados, abandonando as áreas próximas ao litoral de Ica e Arequipa – recomendou, em mensagem transmitida pela TV. García também pediu serenidade.
O terremoto foi seguido por três réplicas. Segundo o Instituto de Geofísica do Peru (IGP), podem ocorre novos tremores nos próximos dias.
Este foi o abalo sísmico mais forte que Lima e as cidades do sul sofreram nos últimos 50 anos, confirmou o diretor de Sismologia do IGP, Hernando Tavera. O tremor abalou todo o país, inclusive a floresta e toda a cordilheira andina.
– Foi um sismo de grande magnitude e provavelmente durante toda a semana haverá réplicas – disse Tavera à imprensa peruana.
A cidade de Ica está sem energia elétrica. As equipes de resgate trabalham entre os escombros dos edifícios derrubados, entre eles uma igreja na qual era celebrada uma missa no momento do tremor.
Em Ica e na vizinha
Cañete os hospitais estão em colapso, admitiu o ministro de Saúde, Carlos
Vallejos, em entrevista à rede de TV América.
Em Lima continua o caos e a população teme novos terremotos. Os habitantes viram as janelas dos edifícios se quebrarem e telhados caírem. Houve deslizamentos de terra e pedras no litoral.
Os moradores de Lima, muitos levando os seus filhos nas costas, saíram às ruas, abandonando escritórios e casas. A capital mais parecia um cenário de pânico.
O Ministério da Saúde decretou estado de emergência em todos os hospitais do país. Os médicos, que tinham iniciado nesta quarta-feira uma greve para reivindicar melhoras trabalhistas, suspenderam a paralisação imediatamente.
No Havaí, Estados Unidos, o Centro de Advertência de Tsunamis chegou a emitir um alerta para o litoral do Pacífico nas áreas próximas ao epicentro. O aviso incluía o norte do Chile, Equador e sul da Colômbia. A instituição havia detectado uma ressaca em frente à costa norte do Chile. No entanto, um porta-voz do centro disse
mais tarde que a ressaca não havia sido forte o
suficiente e não teria caráter destrutivo.
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