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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, sinalizou nesta terça, dia 29, que o governo brasileiro deverá prorrogar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que termina em dezembro.
– Temos [o governo] o firme propósito de superar as restrições que o país tem hoje para o crescimento econômico. O governo, no momento adequado, irá renegociar com o FMI – afirmou Dirceu, ao deixar reunião da Executiva Nacional do PT, em Brasília.
Questionado se a renegociação significava uma extensão do atual acordo com o FMI, Dirceu recuou e disse que qualquer decisão estaria a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Desde essa segunda, uma equipe do FMI está no país para realizar a quarta revisão do acordo fechado em 2002. O chefe da missão do Fundo, Jorge Marquez-Ruarte, mostrou-se confiante na capacidade do governo Lula de cumprir as metas de inflação de 2004 e 2005.
– A inflação está baixando e convergindo para as metas do Banco Central. Tudo indica que serão cumpridas perfeitamente – disse Ruarte, ao deixar uma reunião com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. – As expectativas estão melhorando, e isso possibilita a redução das taxas de juros.
Ruarte esclareceu, porém, que Meirelles não apresentou nenhuma projeção sobre o comportamento da taxa básica de juros, a Selic, para os próximos meses. O economista elogiou o sistema de metas de inflação adotado pelo governo:
– O sistema tem sido desafiado pela própria inflação e pela desvalorização da moeda e tem demonstrado que é muito forte e funciona muito bem.
Ruarte reafirmou que não tem tratado, nas conversas que teve até agora com autoridades do governo, de uma possível renovação do acordo entre o Brasil o Fundo.
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