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A queda na entrada de recursos no Brasil por meio de investimentos diretos não deve influenciar a quarta revisão do acordo do FMI (Fundo Monetário Internacional). A afirmação foi feita nesta segunda, dia 28, pelo chefe da missão do fundo ao Brasil, Jorge Marquez-Ruarte. No mês passado, os investimentos diretos no país ficaram positivos em US$ 186 milhões, pior resultado desde abril de 1995. Na avaliação de Ruartel, os investimentos diretos vão retornar ao Brasil, porque o governo está "adotando políticas muito apropriadas para consolidar uma situação financeira e promover o crescimento sustentado".
Segundo o chefe da missão, o FMI vai continuar apoiando o Brasil independente da conclusão de um novo acordo ou não com o país. A equipe começou nesta segunda o trabalho de análise do desempenho das contas brasileiras para a quarta revisão do acordo de US$ 30 bilhões, assinado em setembro do ano passado e que vai até o fim deste ano.
– Nós estamos sempre dispostos a apoiar o que o governo brasileiro decidir – disse, ao deixar o Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com representantes do Tesouro Nacional, deixando claro que a decisão de renovar o acordo está nas mãos do governo brasileiro.
Em junho, o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, já ofereceu ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o apoio do fundo para a renovação do acordo, que termina no fim deste ano.
Palocci, que se encontrou nesta segunda com Ruarte, evitou falar sobre a revisão.
– Não conversamos sobre isso ainda – afirmou o ministro, na portaria do Ministério da Fazenda, quando se despedia de Ruarte.
O chefe da missão do FMI disse ter discutido com Palocci "os planos do governo para promover o crescimento sustentado efetivo". Em sua opinião, as reformas constitucionais "estão prosseguindo muito bem".
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