O novo presidente da Argentina, Néstor Kirchner, informou nesta quinta, dia 15, que vai anunciar os nomes de seu ministério na próxima segunda, dia 19, quando retorna de viagem a Santa Cruz.

O único nome certo no governo de Kirchner é o atual ministro da Economia, Roberto Lavagna, que deverá permanecer no cargo. Os dois estiveram reunidos nesta quinta para debates questões econômicas. O novo dirigente argentino não descarta a participação de outros partidos no seu governo.

A apenas 10 dias de assumir a Presidência, Kirchner inicou nesta quinta a procura por aliados que o ajudem a reconstruir a economia de seu país, em meio a um cenário político fragilizado.

Segundo analistas, essa missão será agora mais difícil porque a decisão de Carlos Menem de retirar sua candidatura do segundo turno deixou Kirchner sem o apoio popular que supostamente receberia nas urnas.

O futuro presidente enfrenta o desafio de procurar um mínimo de consenso para um plano de resgate do país, imerso em uma crise econômica e social – cerca de 60% dos argentinos vivem na pobreza e quase um quinto da força de trabalho está sem emprego.

– Vamos falar com todos os setores. Vou lutar pela Argentina na qual acredito e pela Argentina na qual, estou convencido, acredita a maioria dos argentinos – declarou o futuro dirigente.

Carlos Menem venceu o primeiro turno das eleições no dia 27 de abril, mas não recebeu votos suficientes para evitar um segundo turno, no qual enfrentaria Kirchner. O candidato contou com o apoio do atual presidente argentino, Eduardo Duhalde, inimigo número um de Menem.