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O chefe dos Inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) que inspecionam o Iraque, Hans Blix, admitiu nesta quinta, dia 9, durante a apresentação do relatório sobre as atividades no país de Saddam Hussein ao Conselho de Segurança da ONU, que, até o momento, não foram encontradas provas consistentes de que a nação ainda mantém um programa de armas de destruição em massa. A informação é resultado de quase dois meses de estada em solo iraquiano.
Na mesma apresentação, o chefe dos inspetores criticou o relatório de 12 mil páginas entregue pelo Iraque à ONU no dia 7 de dezembro de 2002, texto no qual o país explicita seu programa de armas. Blix acredita que o documento fracassou em responder a uma grande quantidade de perguntas.
Mohammed El-Baradei, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável pela vistoria de instalações nucleares, endossou as observações de Blix sobre as inspeções. Em resposta, o embaixador americano na ONU, John Negroponte, repetiu a posição de seu país, de que essas omissões no relatório constituem uma "violação material" da resolução 1.441 – para os EUA uma violação material seria motivo para o Conselho de Segurança da ONU adotar duras medidas contra o Iraque, como uma intervenção militar.
O governo iraquiano insiste estar aberto para conversações, com o objetivo de esclarecer as questões que não ficaram claras. O país sustenta não possuir mais um programa de armas de extermínio e enfatiza que nenhum cientista ou engenheiro do país está disposto a viajar para o exterior para ser interrogado.
No dia 27 de janeiro, Blix vai apresentar à ONU uma avaliação completa sobre as inspeções no Iraque. A data tem sido encarada como chave para a decisão sobre se vai haver guerra ou não. O premier britânico, Tony Blair, defendeu que o dia 27 de janeiro não deve ser visto como prazo final para a decisão sobre a guerra contra o Iraque.
Em entrevista publicada na edição deste dia 9 do jornal The Washington Post, o secretário de Estado americano, Colin Powell, afirma que os Estados Unidos começaram a prover os inspetores de armas da ONU com informações significativas sobre os programas de armas do Iraque. A troca de informações teria começado há poucos dias, com a intenção de permitir aos inspetores tornarem-se "mais agressivos e ser mais amplos no trabalho que eles estão fazendo''.
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