| 08/01/2003 23h16min
Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) prevê 500 mil feridos no Iraque caso os Estados Unidos resolvam consolidar um ataque. O relatório confidencial contendo as informações foi divulgado por um grupo de alunos britânicos que lutam contra as sanções impostas pelos EUA ao Iraque. Ainda não se sabe como eles tiveram acesso ao documento.
O conteúdo do relatório, em que estrategistas da ONU prevêem uma guerra muito mais dolorosa do que foi a Guerra do Golfo, em 1991, também foi divulgado pelo jornal The New York Times. Segundo as informações ali contidas, a guerra envolveria além de bombardeios, uma ofensiva terrestre de grande escala. O número de vítimas fatais também seria maior. A guerra do Golfo contabilizou 100 mil soldados, 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuaitianos e 510 homens da coalizão que atacou o país de Saddam Hussein mortos.
Caso o ataque ocorresse, deixaria até 900 mil refugiados precisando de comida e abrigo, sendo que 3 milhões de pessoas
sofreriam de desnutrição. A
ONU já prevê a necessidade de se criar campos de refugiados perto da fronteira do Iraque para cerca de 500 mil pessoas. Problemas de infra-estrutura, como estradas, pontes e auto-pistas destruídas, abalos sérios nas redes de eletricidade e indústria petrolífera e disseminação de doenças e epidemias seriam outras das conseqüências.
A ONU aguarda para esta quinta, dia 9, novo relatório elaborado pelos inspetores, que há mais de um mês procuram indícios de existência de armas químicas e biológicas no país de Saddam. Nesta quarta oito locais suspeitos foram visitados em busca de produção de armas de destruição em massa. A operação foi criticada pelo vice-primeiro-ministro iraquiano, Tariq Aziz.
A apresentação do novo relatório, feita pelo chefe dos inspetores, Hans Blix, será confidencial. Só no dia 27, porém, os inspetores vão apresentar uma avaliação mais completa sobre suas atividades, a partir do qual os Estados Unidos podem buscar razões que justifiquem um ataque o
Iraque.
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