| 07/01/2003 22h34min
No mesmo dia em que a Grã-Bretanha, tradicional aliada dos EUA, convocou cerca de 1,5 mil reservistas para uma possível guerra contra o Iraque, o presidente da França, Jacques Chirac, deu o sinal mais claro até agora de que seu país participará de uma ação contra o Iraque.
Chirac exortou suas tropas a estarem prontas para mobilização no caso de surgirem hostilidades, dando a entender que o país participaria de uma ação militar comandada pelos EUA contra Saddam Hussein.
– Estar preparado para qualquer eventualidade é a essência do trabalho do soldado – disse o líder francês, durante um discurso de Ano-Novo para as forças armadas.
Chirac afirmou que havia razões para crer que as tropas francesas continuarão a ser necessárias em certos "teatros operacionais", numa referência à Costa do Marfim, para onde foram enviados mais de 2 mil soldados após o início de uma guerra civil, em setembro passado. Se referindo ao Iraque, ele acrescentou que "outros (teatros) poderiam surgir".
O governo francês vinha se opondo desde o começo a uma ação unilateral dos Estados Unidos contra o Iraque, e exigindo que Washington obtivesse a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas para lançar qualquer ataque.
Em Londres, secretário da Defesa britânico, Geoff Hoon, afirmou que o governo autorizou o envio de uma força anfíbia "significativa à região do Golfo Pérsico", se necessário, e a convocação de mais reservistas, além dos 1,5 mil já chamados.
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