O candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, escolhido durante as prévias do partido neste domingo, dia 17, afirma que agora é preciso trabalhar na escolha do candidato a vice-governador. Espera que o nome seja da base de apoio ao governador Olívio Dutra, derrotado nas prévias por uma diferença de 983 votos, a fim de garantir pluralidade na campanha. Citou os nomes do atual vice, Miguel Rossetto, do prefeito de Caxias do Sul, Pepe Vargas, do chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, do deputado Ivar Pavan e do ex-prefeito Raul Pont. 

Tarso garantiu que ficará na prefeitura de Porto Alegre até 5 de abril, uma sexta-feira, prazo limite fixado pela Justiça Eleitoral. Em entrevista à Rádio Gaúcha, reafirmou que sua candidatura ao Palácio Piratini é um chamamento da base do partido, que não significa o abandono da responsabilidade com a Capital. Para Tarso, o fato de concorrer ao governo do Estado reforça o compromisso com a cidade.

O candidato petista falou sobre o processo de prévias no Estado, que trouxe surpresas. Na Capital, ele venceu Olívio com uma diferença inferior à esperada (613 votos). Perdeu em Santa Maria, município onde começou a carreira política, e venceu em Caxias do Sul, mesmo com o apoio de Pepe Vargas a Olívio. O prefeito de Porto Alegre atribuiu o fenômeno a um desbloquemanento interno do partido, que teria maior circulação de idéias e requalificação de relações internas. Agora, diz Tarso, há excelentes condições para unificação do partido e da militância.