Na tarde da segunda-feira, dia 29, os servidores públicos da prefeitura de Florianópolis iniciaram greve por tempo indeterminado e os setores da saúde e educação são os mais prejudicados. A categoria que vinha tentando negociação com a prefeitura desde março não aceitou as propostas feitas pelo prefeito Cesar Souza Junior.

Na manhã desta terça o prefeito Cesar Souza apresentou durante coletiva as propostas que serão levadas na assembleia desta tarde. No encontro, que será realizado às 17h na Secretaria de Administração, a prefeitura apresentará como propostas: melhorar a remuneração das auxiliares de sala (educação); reajusta de 10% no salário dos médicos; premiar a assiduidade e desempenhos dos servidores e um reajuste integral de 6,88% no salário dos servidores.

De acordo com o prefeito se forem adotadas as reivindicações dos servidores a folha vai ultrapassar os R$ 45 milhões por mês e este valor seria superior aos 95% que é o imposto pelo Tribunal de Contas do Estado.

— Quando ultrapassar esse valor o município fica barrado de receber recursos federais e isso seria um desastre — disse Cesar.

Setores mais afetados com a greve

Na coletiva a prefeitura apresentou uma parcial dos atendimentos da saúde e educação.
Na saúde, 27 centros de saúde estão funcionando normalmente, 17 só estão realizando atendimentos de emergência, quatro estão fechados e as farmácias do Sul e Norte estão fechadas. Quem precisar fazer a retirada de medicamentos deve procurar a farmácia do Centro ou do Continente.

Segundo o secretário municipal da saúde, Carlos Daniel Moutinho, a maior preocupação da prefeitura é com a vacinação contra a Gripe A, já que 15% da população ainda não foi vacinada para atingir a meta.

No Ensino Fundamental, nove escolas estão fechadas, seis estão atendendo parcialmente, seis ainda não decidiram e 11 estão com as aulas normais. Já o levantamento da situação das escolas infantis e creches ainda não foi divulgado.