Greve | 29/04/2013 16h08min
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) confirmou greve durante assembleia que iniciou na tarde desta segunda-feira. De acordo com a assessoria do sindicato, os trabalhadores só devem voltar ao trabalho no momento em que a prefeitura renegociar as reivindicações. Os manifestantes, após a reunião, sairam em caminhada pelo Centro da Capital. Nova tentativa de negociação acontecerá amanhã, 30, às 17h, na Secretaria de Administração.
O secretário de administração, Gustavo Mirotski, avalia a situação como uma "greve impaciente". Ele afirma que o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, é favorável à implantação de um plano de cargos e salários — principal motivo da paralisação —, mas não da maneira que está sendo pedido pelo sindicato.
— Das 28 propostas apresentadas na pauta de data base, a prefeitura acatou 17 delas. Nós dobramos a gratificação dos auxiliares de classe, entre outras atitudes, gerando um acréscimo de R$30 milhões a mais de despesa — explicou o secretário.
Segundo a presidente Sintrasem, Rosangela Soldatelli, são aproximadamente três mil servidores que aderiram à greve. Os pontos fundamentais para o encerramento da greve são o Plano de Carreira do Quadro Civil e a aplicação da Lei do Piso do Magistério.
— Greve não é festa. É o último recurso. Só declaramos a greve porque vimos que não tinha mais o que se discutir na mesa de negociação. Teremos uma nova mesa de negociações amanhã, às 17h, na Secretaria de Administração do Município. A expectativa é grande. Queremos acabar a greve, mas, para isso, a mesa do Executivo tem que vir com respostas que atendam às reivindicações — declarou.
Também são reivindicados aumento no vale alimentação, realização de concursos públicos e a mudança no quadro de magistério quanto aos auxiliares de ensino, para que passem a ser professores auxiliares. Ainda segundo a presidente da Sintrasem, os representantes da prefeitura não concordaram com as principais cláusulas e, para as que concordaram, alegaram não haver dinheiro para a implementação.
Os médicos dos centros de saúde, policlínicas e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) não devem aderir à greve, de acordo com o secretário da saúde, Carlos Daniel Moutinho. O restante dos funcionários do setor deverão confirmar até esta terça-feira se aderem ou não à greve.
Na última sexta-feira, a liderança do sindicato se reuniu com a prefeitura de Florianópolis para a reapresentação da pauta de reivindicação. Foram discutidas as questões que dependiam do aumento da receita da prefeitura, mas, para o sindicato, não foi satisfatória a negociação com os representantes da prefeitura.
A assembleia ocorreu na tarde desta segunda-feira, em Florianópolis
Foto:
Júlio Ettore
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