Greve | 26/04/2013 11h01min
As aulas da rede estadual, com o fim da paralisação dos professores, foram retomadas nesta manhã. Prevista desde março, a manifestação promoveu passeata e vigília na Capital e interrompeu por três dias o ano letivo público no Estado com o intuito de pressionar o governador Tarso Genro a pagar o piso nacional do magistério.
Nos três dias de paralisação, segundo dados da Secretaria de Educação (Sec), cerca de 45% das escolas paralisaram as atividades total ou parcialmente. A estimativa do sindicato da categoria (Cpers/Sindicato) era de que 80% dos profissionais e funcionários tivessem aderido à paralisação.
Para o secretário, Jose Clovis de Azevedo, a paralisação não teve tanta representatividade, pois a maioria das escolas que aderiram ao movimento paralisaram parcialmente as atividades.
— A nossa estimativa aponta que em torno de 25% dos professores tenham paralisado as atividades nestes três dias. A questão é que há escolas em que paralisaram apenas um ou dois professores — afirma o secretário.
Sobre a recuperação das aulas, Azevedo explicou que cada escola deve apresentar um planejamento: quem paralisou totalmente precisa recuperar os dias letivos e as horas de aula não dadas, já nas que a paralisação foi parcial, apenas as horas.
— O movimento não tem nenhum efeito concreto sobre o atendimento das reivindicações. O governo já paga os R$ 1.567 do piso nacional. Garantimos 76,6% de reajuste nestes anos de governo. É preciso comparar com os dissídios dos demais trabalhadores. Nesse período os professores receberam 50% de aumento real.
A orientação da secretaria é que os pais e responsáveis procurem informações nas escolas sobre a recuperação das aulas, e participem das reuniões para reorganização do calendário escolar, pois as direções precisam encontrar a melhor forma de recuperá-las.
Piso do magistério
Em janeiro, o Ministério da Educação divulgou reajuste dos professores, fixando em R$ 1.567 o vencimento básico da categoria, para 40 horas-aula semanais. De acordo com o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, nenhum professor gaúcho recebe menos do que o piso nacional — que é alcançado por meio de pagamentos complementares.
Após paralisação, aulas na rede estadual foram retomadas nesta sexta-feira
Foto:
Omar Freitas
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Agencia RBS
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