| 23/04/2013 13h50min
Professores e funcionários da educação estadual fazem passeata nas ruas centrais de Porto Alegre no início da tarde desta terça-feira, em ato para pressionar o governo do Estado a pagar o piso nacional do magistério.
A marcha partiu da sede do Cpers/Sindicato, na rua Alberto Bins, e segue em direção ao Palácio Piratini. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanha a manifestação para orientar o trânsito, bloqueado pelos manifestantes em algumas vias.
Por volta das 13h30min, já havia retenção no fluxo entre as ruas Alberto Bins e Coronel Vicente. A manifestação alcançou a Avenida Cristóvão Colombo com a Rua Santo Antônio por volta de 13h50min, depois avançando até a Riachuelo. Às 14h30min, os docentes bloquearam a Rua Duque de Caxias, na região do Palácio Piratini.
A greve dos professores começou nesta terça e deve se estender até quinta-feira. Pela manhã, alunos de escolas estaduais já ficaram sem aula por conta da paralisação. Além do piso nacional , a luta é por melhores condições de trabalho e infraestrutura das escolas.
De acordo com a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, ainda não há uma parcial sobre a adesão dos professores e funcionários da educação à greve. A Secretaria Estadual de Educação deverá apresentar balanço dos efeitos da greve nas cerca de 2,5 mil escolas estaduais somente no final do dia.
Em janeiro, o Ministério da Educação divulgou reajuste no piso nacional dos professores, fixando em R$ 1.567 o vencimento básico da categoria, para 40 horas-aula semanais. No Rio Grande do Sul, porém, o básico no contracheque do professor com essa carga horária é de R$ 977,02.
De acordo com o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, nenhum professor gaúcho recebe menos do que o piso nacional — alcançado por meio de pagamentos complementares.
O governo estadual discorda do indexador usado para calcular o reajuste anual do piso, que é baseado no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), considerado instável. O Estado defende o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como referência.
A previsão é de que as aulas sejam retomadas normalmente na sexta-feira. O secretário de Educação mantém a recomendação de que os alunos devem ir até a escola, pois os diretores têm obrigação de abrir as portas, mesmo que tenham aderido ao movimento. Os períodos não cumpridos terão de ser recuperados ao longo do ano letivo e os grevistas terão desconto pelas horas não trabalhadas.
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