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Educação Básica  | 26/03/2013 06h03min

Banheiro dos professores da escola Lauro Zimmerman, em Guaramirim, é interditado

APP arrecada recursos para concluir reforma da escola, iniciada há quase dois anos

Daiane Zanghelini  |  daiane.vieira@an.com.br

Um ano e sete meses após o início da reforma na Escola Estadual Prefeito Lauro Zimmermann, em Guaramirim, as obras continuam sem data para acabar. Nas últimas semanas, o problema mais grave foi a interdição do banheiro dos professores pela Vigilância Sanitária do município, devido às más condições do local. Por isso, a Associação de Pais e Professores (APP) decidiu buscar dinheiro por conta própria para terminar a reforma.

A interdição ocorreu no último dia 18. Além da descarga não ter vazão suficiente, os cerca de 50 educadores são obrigados a usar o mesmo espaço, que não tem divisão para homens e mulheres. A fiscal do órgão, Ana Maria Rodrigues, conta que a Vigilância Sanitária recebeu uma denúncia sobre o banheiro no começo de fevereiro e solicitou à Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) um prazo de 30 dias para as adequações.

Na época, os fiscais também notificaram a SDR pelo uso da cozinha provisória para fazer a merenda, e estabeleceram um prazo de dez dias para que o novo espaço começasse a funcionar. Na semana passada, a equipe voltou ao local e constatou que a cozinha estava pronta, mas que a situação do banheiro não havia sido resolvida, por isso o espaço foi interditado. Como um dos sanitários usados pelos cerca de mil alunos está fechado para reforma, os professores usam o banheiro das merendeiras, o que desobedece às normas sanitárias.

O gerente de infraestrutura da SDR, Otoniel da Silva, diz que a construção de um banheiro novo para os professores estava previsto num aditivo de R$ 261 mil para terminar a reforma, mas que o projeto não foi aprovado pelo governo do Estado. Dentro do aditivo também estavam previstas a construção de duas rampas e o reforço da rede elétrica.

— Agora será preciso abrir uma nova licitação para essas melhorias —, comenta.

Segundo ele, a reforma do banheiro feminino que está fechado há quase dois anos deve ser concluída em maio. Silva não soube dizer quais obras ainda precisam ser executadas, mas o local tem pisos quebrados, fiação elétrica exposta e as portas não foram colocadas. A unidade também está servindo de depósito para mesas de ping-pong. Apesar de o local não estar liberado para uso, não há nenhuma barreira que impeça os alunos de entrarem. A pintura do espaço foi feita na semana passada pela AJM, empresa responsável pela reforma. O dono da AJM, Alberto Marcatto, estava viajando ontem e não localizado para falar sobre o assunto.


"Não tem mais como esperar"

A Associação de Pais e Professores da Escola Lauro Zimmermann está se mobilizando para angariar recursos para construir um novo banheiro para os professores. Entre as ações está a arrecadação de dinheiro entre os pais dos alunos e uma rifa que será realizada em maio. Pais e educadores estão percorrendo o comércio da cidade em busca de brindes.

— Estamos arregaçando as mangas porque não tem mais como esperar que o governo do Estado faça essa obra —, afirma a presidente da APP, Cátia Regina Soares.

Ela calcula que a construção de um sanitário ao lado da secretaria esteja orçado em R$ 7 mil. A APP também quer que a SDR apresente a prestação de contas da reforma.

A reforma da Lauro Zimmermann começou em agosto de 2011 e deveria ter sido concluída em maio de 2012, com investimento de R$ 1,5 milhão. O descumprimento dos prazos do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público de Santa Catarina e a SDR em 2011 prevê que o Estado pague R$ 1 mil por dia de atraso na obra.

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