| 09/02/2011 17h13min
Em uma nova vistoria feita pela Vigilância Sanitária de Guaramirim na tarde desta quarta-feira, a pedido do Ministério Público, foi definida a interdição da Escola Estadual Básica Lauro Zimmermann.
As condições precárias de infraestrutura e segurança levaram as fiscais a fechar a escola temporariamente, até o Governo do Estado sanar os problemas. De acordo com a Gerência de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), os 1,1 mil alunos da unidade ficam sem aulas até o dia 21 de fevereiro.
Até lá, será avaliado um novo local para abrigar as salas aulas da Lauro Zimmermann. As infiltrações nas paredes e telhados, falta de luminosidade e de ventilação nas salas de aula, butijões de gás ao lado de salas, refeitório precário, cozinha sem pia para higienização das mãos, fiação elétrica exposta e até extintores de incêndio vencidos, levaram a Vigilância Sanitária a interditar a escola estadual.
— Do jeito que está hoje, o colégio não pode ser liberado. Se a SDR cumprir com nossos pedidos, vamos liberar. Mas lembro que já fizemos estes mesmos questionamentos há dois anos — avisa a fiscal, Salete Ferrari.
Salete lembrou durante a reunião na tarde desta quarta, entre Vigilância, SDR e Associação de Pais e Professores, que em 2009, foi solicitada uma nova fossa de esgoto e um filtro compatível com o número de alunos e funcionários da Lauro Zimmermann.
A gerente de educação, Deni Rateke, respondeu na época que a SDR compraria uma fossa menor, porque no início do próximo ano a unidade seria demolida para dar lugar a uma nova. Com a promessa, a Vigilância Sanitária liberou o funcionamento somente até o fim de 2009.
— No entanto, em 2010, a escola não foi demolida e ela está sem alvará de funcionamento desde então — afirmou a fiscal da vigilância.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Lio Tironi, que também esteve presente na reunião, disse que em 2010 foi realizado o projeto para uma nova e mais moderna escola, mas que o dinheiro previsto para a obra, de R$ 4,5 milhões, só foi liberado para o orçamento deste ano.
— Mas até o dia 30 de abril, conforme a exigência do Governo do Estado, não podemos abrir editais de licitação. Mas dou a certeza que a escola será construída este ano e terá um prazo de 15 meses para ficar pronta — complementou ainda Deni Rateke.
O Corpo de Bombeiros também realizou uma vistoria durante a tarde na escola. De acordo com o técnico em segurança Dimas Konkol, não há mínimas condições de segurança na unidade escolar.
— A escada não possui corrimão, não tem acesso para cadeirantes, não há sinalização para locais com extintores, além dos sete extintores existentes estarem vencidos — afirmou.
O laudo feito pelos Bombeiros será enviado na quinta-feira ao Ministério Público, mas Konkol adianta que por eles, a escola também será interditada.
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