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 | 09/05/2012 06h32min

Com o retorno das aulas, professores e governo de Santa Catarina voltam a negociar

A greve de 16 dias foi suspensa, na terça-feira, em uma assembleia estadual, em Florianópolis

Júlia Antunes Lorenço  |  julia.antunes@diario.com.br

Professores e governo de Santa Catarina voltam a negociar, na manhã desta quarta-feira, após suspensão da greve da categoria, que durou 16 dias. A decisão de voltar às aulas e ficar em estado de greve foi votada, na última terça-feira, pela maioria dos docentes presentes na assembleia estadual, em Florianópolis.

A suspensão da paralisação foi uma tentativa de forçar o governo a apresentar uma nova proposta salarial e fortalecer o movimento. Eles deram uma prazo de 30 dias para que isso fosse feito. A ideia é que daqui a um mês, uma nova assembleia geral seja marcada.

— Queremos que o governo apresente uma descompactação da tabela salarial e repasse o aumento de 22% sobre o piso (nacional do magistério) a todos os outros professores. O estado de greve é para mostrar que a proposta já apresentada foi rejeitada por unanimidade —  declarou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Alvete Bedin.

A greve não teve a adesão esperada pela categoria. A votação pela paralisação, em 17 de abril, não foi unânime e o reflexo, sentido depois. No início do movimento, o Sinte falou em 30% dos 40 mil professores em greve. Na última segunda-feira, o dado divulgado foi de 15% a 20%. Já para o governo, a adesão não passou dos 3%, o que representava cerca de 1,1 mil trabalhadores em greve.

Além disso, o governo adotou a postura de não negociar com a categoria paralisada. Por isso, a retomada das aulas, hoje, será sem nenhum avanço nas propostas salariais. Após a assembleia estadual, os representantes do sindicato entregaram um documento ao secretário de Educação, Eduardo Deschamps. Nele, além do pagamento dos 22% a todos e da descompactação da tabela salarial, eles pediram também um concurso público, para contratação de professores, a implementação de um terço da carga-horária para preparação de aulas e correção de trabalhos, a chamada hora-atividade, e a garantia de reposição dos dias parados sem punição ou desconto salarial aos grevistas.

Reposição das aulas serão discutidas dia 17 deste mês 

O secretário informou que a questão sobre o desconto dos dias parados será discutido durante as negociações, que começam às 10h, no prédio da Secretaria de Educação (SED). Os encontros serão conduzidos pela Coordenadoria Executiva de Negociação e Relações do governo, equipe da SED e representantes do sindicato.

Já a reposição das aulas será debatida no próximo dia 17, quando haverá reunião com todos os gerentes de educação das 36 secretarias de desenvolvimento regional. A estimativa da secretaria é que cerca de 17 mil alunos, dos 640 mil, foram prejudicados com a paralisação.

Para o secretário, o ideal seria o encerramento total da greve. Ele não garantiu que em 30 dias já tenha uma nova proposta.

DIÁRIO CATARINENSE

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