Para que os aprovados no vestibular da Federal tenham onde estudar, é preciso correr. Apesar do acerto verbal, UFSC e Univille ainda não assinaram o convênio para uso do espaço da instituição de Joinville na zona Norte da cidade. Na curva do Arroz, a Federal ainda está cheia de problemas para começar a construção do campus.

Na quinta-feira, o reitor da UFSC, Álvaro Prata esteve em Joinville. Participou, pela primeira vez, de reunião com o reitor da Univille, Paulo Ivo Koehntopp. Está certo de que as aulas serão no prédio das engenharias e no futuro centro de eventos (na antiga área do Sesi). As duas partes buscam um acordo final sobre o convênio.

Parte da discussão é sobre a reforma do centro de eventos da Univille, que será usado pela UFSC pelo menos até o final de 2010. A estrutura montada seria deixada para a Univille, que já planejava reestruturar o espaço. Falta saber se o que a UFSC pretende fazer servirá ao que a Univille tinha planejado.

— Nós pensamos um espaço não só para as universidades, mas que sirva à Joinville, como o Centreventos. É importante para a região Norte da cidade, que está perto de muitas empresas — disse o reitor da Univille.

Ele diz que o acordo está muito próximo.

— Chegamos a um acerto quanto à participação da UFSC no parque tecnológico da cidade. Isso é extremamente animador e um grande passo para o acerto final — comentou Koehntopp.

Para UFSC, é preciso resolver logo.

— Precisamos de pelo um mês para fazer as obras de adaptação — disse o diretor do campus.

Como as aulas começam em 3 de agosto, será preciso resolver a pendenga em dez dias. Semana que vem, haverá outra reunião em Joinville, com as duas comissões. De lá, pode sair, afinal, a data de assinatura do contrato entre as universidades. De olho na zona Sul, onde construirá seu campus, a UFSC tem pressa na construção do acesso — um prolongamento do Eixo de Acesso Sul.

Sem esse acesso, a Federal simplesmente não pode começar a construção de seu campus.

— Temos pressa. Precisamos licitar a execução da obra até novembro — destacou o diretor do campus Norte, Acires Dias.

5,3 por 1 é proporção de candidatos por vaga para o curso de engenharia de mobilidade da UFSC em Joinville

De cada 5,5 candidatos inscritos no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Joinville, um conseguirá a vaga no curso de engenharia de mobilidade. O índice foi confirmado na quinta pelo reitor da universidade, Álvaro Prata, e pelo diretor do campus Norte, Acires Dias.

As 200 vagas do curso inédito em SC e no País serão disputadas por 1.066 alunos. Há outros 198 que farão a prova por experiência — pois ainda não concluíram o ensino médio. O número de inscritos chegou perto de 1,7 mil, mas cerca de 400 pré-cadastros não foram confirmados — porque não houve pagamento da taxa, por exemplo. Para o diretor do campus Norte, os números são animadores.

— Mesmo com todos esses problemas que envolvem o campus, e que foram noticiados, alcançamos um índice de interesse bom. Não fizemos publicidade paga, dirigida e houve interesse — comentou o diretor.

— Até a escolha do curso causou certa discussão. A tendência, já para o próximo vestibular, é só crescer — disse o diretor.

A UFSC espera que, pelo perfil do curso, as notas sejam elevadas. É o que costuma ocorrer em algumas engenharias. Por exemplo: a engenharia de controle e automação teve 7,5 candidatos por vaga no vestibular 2009. Ficou abaixo de cursos como odontologia. Mesmo assim, a automação é considerada um dos cursos mais disputados, pelo alto nível dos candidatos.