Mesmo com o resultado de 2 a 2 no Estádio Centenário neste sábado, o assessor de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe, considerou que esta foi a melhor apresentação do time desde o início do Gauchão. Porém, ele lamentou as chances perdidas ainda no primeiro tempo:

— Foi a melhor partida desde a estréia contra o 15 de Novembro, pelo Gauchão. A equipe esteve bem postada, jogou com tranqüilidade, fez o 2 a 0 e poderia ter ampliado, mas desperdiçou. Numa falha individual, levamos o gol do Caxias e no segundo tempo veio a pressão deles, o empate. Mas isso está dentro do que prevíamos, de o time alternar momentos bons e outros maus. O grupo ainda está em formação, mas o pior momento dessa primeira etapa nós passamos, que era jogar com três ou quatro titulares — avaliou Pelaipe.

O assessor gremista lembra que a equipe estará mais fortalecida na rodada do próximo fim de semana, quando o zagueiro Juan, o meia Roger e o atacante Perea já devem ter condições de jogo.

— A partir do próximo sábado vão estrear dois ou três jogadores. E quanto mais o Vagner Mancini repetir a equipe e dar entrosamento, melhor. Do grupo do ano passado, apenas dois jogadores ficaram: o Leo e o Eduardo Costa — disse, lembrando a reformulação do time.

Problemas defensivos

O garoto Wagner, de 18 anos, teve uma tarde infeliz. Visto com desconfiança pela torcida, o jogador foi inseguro no confronto com o Caxias e ainda marcou um gol contra, justamente o de empate. Mas Pelaipe considera que só há uma maneira de ele ganhar experiência:

— Só vai amadurecer jogando, ele é um menino de 18 anos. Isso faz parte do futebol.

As interpretações do árbitro

Pelaipe não gostou mesmo foi da atuação do árbitro Márcio Chagas da Silva. Para o dirigente tricolor, ele não usou os mesmos critérios durante o jogo:

— Nós lamentamos a atuação do árbitro Márcio Chagas da Silva. Ele não teve critério, fez uma má arbitragem. O Diego Correa, do Caxias, quando fez a falta no Willian Magrão deveria ser expulso, mas o Márcio só mostrou o vermelho aos 48 minutos do segundo tempo para agradar. Dentro da minha visão ele não interferiu no resultado, mas poderia ter expulso o jogador do Caxias antes. E o André Luis foi para a rua por pressão do técnico Gilson Kleina — opina Pelaipe.