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 | 29/01/2006 09h56min

Chávez encerra hoje o Fórum Social Mundial

Será a primeira vez que um chefe de Estado participa da cerimônia

A sexta edição do Fórum Social Mundial será encerrada hoje em Caracas com um discurso do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que havia pedido na sexta que o movimento contra a globalização adotasse o lema "socialismo ou morte". Chávez será o primeiro chefe de Estado a participar do encerramento do Fórum Social Mundial, um evento reservado a movimentos sociais e que, segundo seus estatutos, só admite representantes de governos e partidos políticos convidados.

No caso do presidente venezuelano, ele foi convidado para participar duas vezes da edição de Caracas pela Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais, que organiza hoje o ato final do encontro.

O Fórum Social Mundial, que nasceu em Porto Alegre, em 2001, dividiu-se em três este ano. Um encontro aconteceu em Mali, outro será no Paquistão, em março, e a edição americana foi realizada em Caracas. Esta edição do Fórum foi diferente de todas as anteriores, justamente pela onipresença do processo venezuelano em todas as instâncias do encontro, incluindo a própria organização. O governo venezuelano interveio diretamente na preparação da reunião, e a experiência política vivida no país foi o eixo da maioria dos debates.

Chávez incendiou o Fórum Social na última sexta, atraindo 15 mil pessoas para escutarem seu discurso. Ele falou para um público favorável a ele, formado em sua enorme maioria por chavistas que participam do Fórum. Outro tema debatido no Fórum foi a chegada ao poder de líderes progressistas na América Latina, o que não basta para alguns radicais do movimento, que criticaram em duros termos alguns presidentes como Luiz Inácio Lula da Silva, o argentino Néstor Kirchner e o uruguaio Tabaré Vázquez. Em um dos vários debates do Fórum, os três presidentes citados foram acusados de terem caído nas redes do "capitalismo neoliberal" e de terem traído seus eleitores com sua "covardia reformista".

Encerrada a conferência do presidente venezuelano hoje, o Fórum Social Mundial se preparará para viajar para Nairóbi, capital do Quênia, escolhida como sede do encontro de 2007, na primeira experiência do Fórum na África.

AGÊNCIA EFE
 

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