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Copa 2014  | 30/01/2014 13h40min

Indefinição com a Arena da Baixada preocupa comércio de Curitiba

Estádio mais atrasado da Copa tem cerca de 1,1 mil funcionários trabalhando em turno integral

Patricia Bahr, Correspondente da RBS em Curitiba

As indefinições quanto à realização da Copa do Mundo em Curitiba geram temor em diferentes segmentos da cidade. São hotéis, comércios, bares e restaurantes que estimavam aumento nos ganhos durante o evento com a presença de pelo menos cem mil visitantes estrangeiros vivendo agora um misto de expectativa e apreensão.

Tudo deve ser definido em 18 de fevereiro, quando será apresentado um relatório geral das obras na Arena da Baixada para definir se o estádio ficará ou não pronto a tempo.

— Estamos trabalhando com turno cheio, nos sete dias da semana, para colocar em dia o cronograma das obras. O terceiro turno ainda não está definido, mas pode ocorrer se houver necessidade — explicou o secretário estadual da Copa, Mario Celso Cunha.

Cerca de 1,1 mil funcionários trabalham em tempo integral nas obras no estádio, que nesta semana teve avanços importantes, como a conclusão na instalação do gramado, além da quase finalização na cobertura. Outro ponto foi a instalação das cadeiras, que chegam a 7 mil unidades colocadas — a Fifa exige que até o dia 18 tenham sido instalados, pelo menos, 15 mil assentos.

Com o status de uma das sedes mais procuradas para o evento — atrás apenas de São Paulo, onde se realiza a abertura, e Rio de Janeiro, onde será a grande final — Curitiba teve 13 mil leitos bloqueados pela Fifa. A informação é da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR), que calcula um prejuízo de pelo menos R$ 70 milhões caso haja o cancelamento dessas reservas.

O presidente da instituição, Henrique Lenz César Filho, informa que 80% dos leitos na cidade estão voltados para o evento, o que implicou também em investimentos em infraestrutura e pessoal. Desde 2011, ocorrem treinamentos e capacitações para o atendimento aos visitantes, além de reformas nos estabelecimentos.

— Fica um legado para a cidade, mas temos de considerar que haverá perdas para diversos setores, refletido em muitos anos, já que a nossa imagem perante visitantes do exterior ficará afetada — informa o diretor da Associação Brasileira de Bares e Restauras do Paraná (Abrasel-PR), Luciano Bartolomeu.

Sede alternativa

De acordo com o secretário estadual da Copa, Mario Celso Cunha, a Fifa acredita que tudo se resolverá nos próximos dias e não será necessário um plano B para os quatro jogos previstos para a capital paranaense. Segundo ele, mesmo que o orçamento do estádio chegue à casa dos R$ 300 milhões, a Arena da Baixada continuará sendo a praça esportiva mais barata do Mundial, com o menor custo empregado.

Em relação às sedes alternativas para a realização dos jogos, ele sustenta que tudo não passa de especulação. A própria Fifa sabe os prejuízos que representaria uma mudança, já que os ingressos para a sede paranaense estão praticamente esgotados.

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Arena da Baixada é o estádio mais atrasado para a Copa do Mundo
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