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Copa das Confederações  | 26/06/2013 15h56min

Após clima de guerra entre manifestantes e policiais, situação é controlada no entorno do Mineirão

Carros virados, lojas depredadas e fumaça preta chamaram a atenção dos torcedores que deixavam o estádio

Atualizada em 27/06/2013 às 00h13min Marcos Castiel, enviado especial a BH  |  marcos.castiel@diario.com.br

O clima foi de caos total e o cenário foi de guerra no entorno do Mineirão, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira. No dia em que Brasil e Uruguai duelaram para definir o primeiro finalista da Copa das Confederações, a batalha fora do estádio foi o que mais impressionou os mineiros. A situação só se acalmou por volta das 19h, mas os carros virados, as lojas depredadas e a fumaça preta no ar assustaram os torcedores que deixavam o palco da partida.

Segundo estimativa da PM, pelo menos 40 pessoas foram detidas na manifestação, flagradas com material para depredação e por danos ao patrimônio. Vidraças do comércio foram quebradas. Lojas, saqueadas na região da Pampulha, bairro onde está localizado o Mineirão. Ainda não há um registro oficial do número de feridos.

Após cinco horas de um protesto pacífico pelas ruas de Belo Horizonte, os conflitos começaram quando um grupo se separou da maior parte dos manifestantes e tentou se aproximar do estádio. O Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais interveio com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, e o confronto se espalhou por todo o bairro.

Durante os confrontos, o estudante Douglas Henrique de Oliveira, de 21 anos, caiu do viaduto José de Alencar, que passa sobre a Avenida Antônio Carlos, próxima ao estádio. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII em estado gravíssimo, com perda de massa encefálica. Houve também incidentes envolvendo dois jornalistas, atingidos por balas de borracha.

Por volta das 17h40min, duas concessionárias de veículos foram incendiadas. A preocupação foi ainda maior pelo fato de uma delas ser localizada próxima a um posto de gasolina. As chamas assustaram a população e causaram gritos e correria. Quase uma hora depois, os carros do Corpo de Bombeiros apareceram para apagar o fogo.

Cerca de 40 minutos após o término da partida, a Polícia Militar dispersou com bombas de efeito moral os manifestantes que ainda estavam na Avenida Antônio Carlos com bombas. A Cavalaria também entrou em ação.

A manifestação

Estima-se que aproximadamente 50 mil pessoas participaram dos protestos em frente ao Mineirão. A multidão de manifestantes se reuniu no centro da capital mineira por volta das 11h30min e caminhou cerca de 10 quilômetros até ao estádio, chegando ao entorno do Mineirão às 15h30min.

O protesto, convocado pelo Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac), teve adesão de outros movimentos sociais e entidades sindicais. Um acordo dos ativistas do Copac com o governo de Minas Gerais no final da noite de terça-feira definiu que a tropa de choque da PM ficaria mais recuada no ponto onde começaram os confrontos com os policiais no último sábado.

Precedente

Na ocasião, 66 mil pessoas foram às ruas e marcharam até o estádio. Enquanto México e Japão jogavam pela Copa das Confederações, um grupo que estava junto aos manifestantes entrou em confronto com a polícia. A violência resultou em 37 feridos -dez deles PMs - e 32 pessoas foram presas. Concessionárias de veículos, agências bancárias e sinalização de avenidas foram depredadas.

Segundo o comandante do policiamento especializado, coronel Antonio Carvalho, a PM está orientada a prender aqueles que tentarem atravessar a área restrita do estádio sem ingresso.

DIÁRIO CATARINENSE
AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON / AFP

Policiais e manifestantes entraram em confronto no entorno do Mineirão. O clima foi de guerra
Foto:  AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON  /  AFP


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