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 | 18/05/2005 17h17min

Sunitas acusam governo xiita de assassinatos e torturas

Grupo no poder negou e revidou as acusações

Os sunitas do Iraque responsabilizam o atual governo, de maioria xiita, pela última onda de violência no país, e chegaram a acusar agentes do Ministério do Interior de seqüestrar e torturar correligionários seus.

Em um novo passo em direção a um conflito, clérigos e políticos sunitas também atacaram as milícias Al-Badr, o braço armado da Assembléia Suprema da Revolução Islâmica no Iraque (ASRII), principal grupo xiita do país.

Os xiitas representam 58% da população iraquiana, ao passo que os sunitas, que dominaram o país durante os anos da ditadura de Saddam Hussein, não passam de 15%. A primeira a fazer acusações nesta quarta, dia 18, foi a influente Associação de Ulemás Iraquianos (AUI), que pediu a demissão dos ministros da Defesa e do Interior, aos quais atribuem a citada onda de violência, que nas últimas semanas matou centenas de pessoas.

Nas últimas 48 horas, mais de 50 corpos de iraquianos foram encontrados em diversos lugares do país. A maioria deles foi identificada como sunita, e quase todos foram mortos com um tiro na cabeça. Por sua vez, a Associação de Ulemás levantou mais uma vez a bandeira da oposição dos sunitas ao atual governo iraquiano e a qualquer processo político empreendido após a queda do regime de Saddam Hussein.

Na mesma linha se expressou o Partido Islâmico Iraquiano (PII), vinculado ao pensamento radical do grupo islâmico Irmãos Muçulmanos. Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, o PII, liderado por Mohsen Abdel Hamid, denunciou que vários clérigos e oradores de mesquitas sunitas "foram torturados até a morte" por agente da Segurança do Estado.

Hadi al-Amri, secretário-geral da organização Al-Badr, negou as acusações e contra-atacou vinculando os citados grupos sunitas à atividade do radical Abu Musab al-Zarqawi, considerado o elo da rede terrorista internacional Al-Qaeda no Iraque e a principal ameaça terrorista neste país.

As informações são da agência EFE.

 
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