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 | 06/05/2005 20h21min

Atentados matam 67 iraquianos e pressionam novo gabinete

Ataques já mataram mais de 250 pessoas nos últimos oito dias

Atentados suicidas mataram pelo menos 67 iraquianos nesta sexta, dia 6, ampliando uma onda de violência que lança dúvidas sobre a capacidade do novo governo em derrotar os insurgentes.

Os ataques já mataram mais de 250 pessoas desde que o novo gabinete foi anunciado, há oito dias, numa das semanas mais sangrentas da insurgência. No atentado mais violento de sexta-feira, um carro-bomba investiu contra uma feira livre de Suwayra, no sul do país, matando pelo menos 58 pessoas e ferindo 44, segundo a polícia e os hospitais.

A ação dos guerrilheiros se volta também contra os aliados dos EUA no Iraque. Em vídeo divulgado pela Al Jazeera, os seqüestradores de um australiano exigem que a Austrália comece a retirar suas tropas do Iraque em 72 horas. O refém aparece, de cabeça raspada, sob a mira de uma arma.

Em Tikrit, cidade-natal de Saddam Hussein, um carro-bomba conduzido por um suicida explodiu junto a um microônibus que transportava policiais, matando nove pessoas e ferindo várias, segundo a polícia local.

Milhões de iraquianos enfrentaram a possibilidade de atentados para votar nas eleições de 30 de janeiro, na esperança de que um novo governo democrático acabasse com dois anos de violência. Mas os insurgentes ampliaram seus ataques contra as forças de segurança desde que o governo foi anunciado, desafiando os líderes que enfrentam a difícil tarefa de controlar a situação para permitir que o país volte a crescer e recupere sua infra-estrutura.

Os atentados ganharam impulso enquanto os políticos passavam três meses discutindo a formação do gabinete, que foi anunciado ainda incompleto. Há disputas de poder entre xiitas, curdos e sunitas. Muitos temem que os atentados acirrem a tensão sectária. As autoridades normalmente atribuem os ataques ao grupo do jordaniano Abu Musab Al Zarqawi, o "representante" da Al-Qaeda no Iraque. O grupo reivindicou um atentado contra o posto de controle montado pelas forças iraquianas em Tikrit.

Em Bagdá, um morador alertou a polícia depois de ver corpos sendo queimados. A polícia encontrou 14 cadáveres. Algumas das vítimas, vendadas, à paisana e deixadas em um lixão, haviam recebido tiros na cabeça, disse a polícia na sexta-feira.

A Al Jazeera disse que um grupo seqüestrou seis jordanianos que trabalhavam no Iraque, a fim de pressionar empresas da Jordânia a não colaborar com as forças dos EUA. A emissora divulgou um vídeo em que seis homens exibem seus passaportes, sentados sob um cartaz do grupo Brigadas Al Bara bin Malek.

As informações são da agência Reuters.

 
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