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 | 26/04/2005 20h44min

General dos EUA diz que insurgência continua intacta no Iraque

Nova Constituição iraquiana deve ser redigida até 25 de agosto

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas norte-americanas, brigadeiro Richard Myers, disse nesta terça, dia 26, que a insurgência iraquiana mantém sua capacidade intacta, apesar dos esforços dos EUA para esmagar a rebelião.

– Acho que a capacidade deles continua mais ou menos a mesma – disse Myers em entrevista coletiva no Pentágono. – E onde eles estão hoje em dia é onde estavam quase um ano atrás.


Um jornalista perguntou ao secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, se "nós (os EUA) estamos vencendo" a guerra. Ele não respondeu diretamente.

– Os Estados Unidos e as forças da coalizão, na minha opinião pessoal, não serão a coisa que derrotará a insurgência – disse Rumsfeld. – Portanto, ganhar ou perder não é uma questão para "nós", no contexto tradicional de usar a palavra "vencendo" ou "perdendo" uma guerra. As pessoas que vão derrotar a insurgência são os iraquianos.

Em seguida, foi a vez de Myers falar.

– Vou dizer isso: acho que estamos ganhando, OK? Acho que definitivamente estamos ganhando. Acho que estamos ganhando há algum tempo.

Passados 25 meses da invasão que derrubou Saddam Hussein, os EUA mantêm 138 mil soldados no Iraque, com a tarefa de combater a insurgência e treinar as forças locais. O Pentágono disse que 1.572 militares norte-americanos já morreram no conflito, e outros 12.174 foram feridos em combate.

Nas semanas que se seguiram à eleição iraquiana de 30 de janeiro, o ritmo das baixas norte-americanas caiu drasticamente. Em março, os EUA perderam 36 militares no Iraque, o menor número em 13 meses. Mas Myers e Rumsfeld citaram um recente aumento na violência, que coincide com o impasse político para nomear um novo governo.

Myers disse que os rebeldes realizam entre 50 e 60 ataques por dia, mais ou menos o mesmo que há um ano. Para o general, essa cifra "não chega nem perto" da registrada no pior período de violência, como nas semanas que antecederam às eleições de janeiro e durante a ofensiva norte-americana sobre Falluja, em novembro.

Myers e Rumsfeld argumentaram que o progresso político é essencial para esmagar a insurgência.

– O processo político deve avançar – disse Myers. – Devemos ter um gabinete nomeado muito rapidamente. Os ministros devem continuar a trabalhar. As pessoas devem se concentrar em duas coisas: desenvolver uma Constituição e transformar seus ministérios em ministérios em funcionamento, que continuem ajudando.

A nova Constituição iraquiana deve ser redigida até 15 de agosto. Rumsfeld disse que o processo político dará aos iraquianos comuns a sensação de que têm participação no seu próprio país e de que serão "protegidos por um pedaço de papel chamado Constituição pela primeira vez em suas vidas".

Uma nova Constituição, segundo Rumsfeld, vai ajudar a convencer os iraquianos "a se unirem como um só país", ao invés de se dividirem por critérios étnicos e religiosos.

– Os iraquianos vão prevalecer na insurgência, também porque com o tempo ficará cada vez mais claro que os insurgentes não têm planos, não têm nada a não ser matar pessoas, eles não têm filosofia que não seja impor a força e devolver o país à Idade das Trevas – disse ele.

As informações são da agência Reuters.

 
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