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 | 26/04/2005 10h48min

Ex-refém italiana se revolta com relatório dos EUA

Documento preliminar do Exército diz que os soldados não violaram seus deveres

A jornalista italiana Giuliana Sgrena, salva do seqüestro e da morte no Iraque por um agente italiano que morreu sob fogo americano, mostrou indignação com o resultado do relatório do Exército norte-americano sobre o caso. Ela chamou de "um tapa na cara do governo italiano" o levantamento que isentou de culpa os militares que executaram os disparos.

O relatório preliminar do Exército dos EUA diz que os soldados não violaram seus deveres. A Itália, que participa das investigações, não endossou as conclusões iniciais.

– Agora eles nem falam em acidente. Pelo menos, de acordo com os relatos. Parece que querem jogar toda a culpa sobre os italianos – disse Sgrena à emissora de TV TG3. 

– Isso representa um tapa na cara para o governo italiano – disse.

No dia 4 de março, momentos depois de ter sido libertada do cativeiro por mediação do agente Nicola Calipari, Sgrena foi ferida pelos disparos vindos de um posto de controle dos EUA, quando era levada para o aeroporto de Bagdá. Calipari tentou protegê-la dos tiros e morreu.

A indignação da jornalista foi compartilhada pelos partidos italianos de oposição que chamaram de insulto o relatório que isentou soldados americanos de culpa e exortaram o governo a pressionar por uma investigação mais profunda.

Ao apresentar os resultados preliminares da investigação, um oficial do Exército dos EUA disse a jornalistas, na segunda, em Washington, que os soldados haviam cumprido suas obrigações e não deveriam, por isso, ser indiciados sob qualquer acusação de violação do dever.

O Ministério de Relações Exteriores da Itália não teceu comentários, afirmando que o relatório ainda não é oficial. Giuseppe Fioroni, líder do partido de centro-esquerda Margherita, exortou o governo do primeiro-ministro Berlusconi a exigir cooperação integral das autoridades dos EUA para se determinar quem é o responsável pela morte de Calipari.  

O comunista Gigi Malabarba, do Partido da Refundação, disse, em discurso no Senado da Itália, que o embaixador dos EUA no Iraque naquela época, John Negroponte, queria que Calipari morresse por ter negociado com seqüestradores. Ele reconheceu que não tinha provas disso.

As informações são da agência Reuters.

 
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