Dezenas de milhares de manifestantes contra a guerra no Iraque marcharam por capitais européias neste sábado, dia 19, segundo aniversário da invasão que derrubou Saddam Hussein.

Apesar das manifestações, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que a invasão protegeu o mundo de um grande perigo.

Em Londres, cerca de 45 mil manifestantes entoavam palavras de ordem na área central da capital inglesa, enquanto colocavam um caixão de papelão com o slogan "100 mil mortos" encostado em frente ao prédio da embaixada norte-americana. Os manifestantes pediram para que Bush e o seu aliado Tony Blair, primeiro-ministro britânico, retirem suas tropas do Iraque e restabeleçam a soberania do povo.

Cerca de 10 mil pessoas marcharam pelo centro de Roma com cartazes contra a guerra e protestando contra a presença de tropas italianas no Iraque. Passeatas foram realizadas em Madri e Barcelona.

Na Turquia, cerca de 10 mil manifestantes participaram de uma passeata em Istambul, enquanto outras manifestações menores foram realizadas em Ancara e Izmir.

Blair disse nesta semana que não tem a intenção de ordenar uma retirada antecipada das tropas britânicas, mas a Itália, a Ucrânia, a Polônia e a Bulgária recentemente sinalizaram que estão ansiosos para diminuir suas presenças no Iraque.

A maioria dos italianos se opõe a presença de três mil soldados italianos no Iraque e a recente morte de um funcionário da inteligência italiana, morto por tropas norte-americanas quando conduzia uma refém para a liberdade, intensificou a hostilidade popular com a ocupação.

Os EUA têm cerca de 150 mil soldados no Iraque, enquanto a Grã-Bretanha vem em segundo lugar, com 8,6 mil homens.

As informações são da agência Reuters.