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 | 05/03/2005 18h35min

Marido de jornalista italiana acusa EUA de emboscada

Giuliana Sgrena negou que veículo estava em alta velocidade

O marido da jornalista italiana Giuliana Sgrena, mantida como refém no Iraque e libertada na sexta, acusou as forças norte-americanas de, no mínimo, imprudência e chegou a sugerir que os soldados atiraram deliberadamente na sua esposa.

Após a libertação da jornalista, o veículo em que ela estava com agentes do serviço secreto italiano foi alvo de diversos tiros, disparados por soldados dos Estados Unidos.

– Espero que o governo italiano faça algo, porque ou isso era uma emboscada, como eu creio, ou estamos lidando com imbecis ou crianças aterrorizadas que atiram em qualquer um – disse.

Sgrena e dois outros agentes do serviço secreto foram feridos pelos tiros. Um terceiro agente, Nicola Calipari, que havia negociado a libertação da jornalista, morreu.

Neste sábado, dia 5, Giuliana descreveu como foi a ação das forças dos Estados Unidos. Segundo ela, os soldados abriram fogo quando o carro que a levava se aproximava do aeroporto de Bagdá, na sexta-feira, após ela ter sido libertada por militantes que a mantiveram em cativeiro por mais de um mês.

– Pensávamos que o perigo tinha passado depois de minha entrega aos italianos, mas de repente houve esse tiroteio. Nós fomos parados por uma barreira de balas – disse ela à TV RAI por telefone.

O exército dos EUA disse que seus soldados atiraram porque o carro estava correndo em direção ao seu bloqueio. Em comentários relatados pela agência de notícias Ansa, Sgrena negou a versão, contando que não estavam em alta velocidade e que não havia um bloqueio real.

– Não era um bloqueio, mas uma patrulha que atirou assim que nos iluminou com um refletor. Não tínhamos idéia de onde que os tiros estavam vindo – disse a jornalista.

Os médicos disseram que Sgrena estava em condição estável, após sofrer um ferimento a bala em seu ombro esquerdo,  que causou uma fratura e uma contusão no pulmão.

O incidente pode reacender o sentimento anti-guerra na Itália, onde a opinião pública se opôs à invasão do Iraque liderada pelos EUA, além de ter provocado o pior conflito diplomático entre italianos e norte-americanos nos últimos anos. Em uma conversa telefônica, Bush prometeu a Berlusconi uma investigação completa.

As informações são da agência Reuters.

 
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