As forças lideradas pelos Estados Unidos conquistaram parte de Falluja nesta quarta, dia 10, enquanto militantes islâmicos ameaçavam decapitar três parentes do primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, se a ofensiva não fosse suspensa. Ghazi Allawi, primo do premiê, foi seqüestrado na terça em sua casa na capital iraquiana, Bagdá, junto com sua mulher e um filho, disse um porta-voz do primeiro-ministro.

Os militares disseram que as forças norte-americanas e iraquianas haviam "conquistado metade da cidade, incluindo aí o distrito de Jolan, suposto epicentro da atividade insurgente." Soldados afirmaram ter encontrado alguns "pequenos bastiões de resistência" ao avançar dentro da cidade.

– Chegamos ao coração de Jolan. É cedo demais para falarmos que o controlamos porque sempre há bastiões de resistência – afirmou um oficial.

Em represália à ofensiva o grupo Ansar al-Jihad, antes desconhecido, afirmou em um comunicado publicado na internet que seqüestrou três parentes de Allawi que seriam mortos se as tropas não deixassem a cidade.

– Se o agente do governo não atender nossas exigências dentro de 48 horas, vamos decapitá-los – prometeu o grupo em um comunicado com a data desta quarta divulgado em um site islâmico.

– Esse é outro ato criminoso praticado por esses terroristas e isso não vai impedir o governo de combater o terrorismo – afirmou o gabinete de Allawi em um breve comunicado.

A investida militar, realizada por forças dos EUA e do governo do Iraque, é parte dos esforços para pacificar o país antes das eleições marcadas para janeiro. Ataques aéreos, disparos de artilharia e morteiros chacoalharam a cidade sunita em meio a intensos combates intercalados com períodos de relativa tranquilidade.

As Forças Armadas dos EUA informaram que 11 soldados norte-americanos e dois iraquianos foram mortos desde que 10 mil soldados e fuzileiros dos Estados Unidos e 2 mil soldados do Iraque deram início à ofensiva, na noite de segunda. O ataque intenso realizado contra a cidade por aviões e pela artilharia dos EUA deve ter provocado vítimas entre os civis, mas ainda não há números.

As informações são da agência Reuters.